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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Capitão da Polícia Militar sai em defesa da classe e da instituição e é preso

Capitão PM é preso após manifestação de servidores em
Maceió

Marcelo Ronaldson disse à Rádio Gazetaweb que foi detido
por se pronunciar durante protesto

 
Gazetaweb - Daniel Dabasi

O capitão PM Marcelo Ronaldson foi  detido, no início da noite desta quarta-feira (1º), após manifestação dos  servidores públicos estaduais realizada no centro de Maceió. Em entrevista  exclusiva à Rádio Gazetaweb, o capitão disse que foi preso por falar  durante o protesto sobre seu posicionamento a favor da participação dos  militares na escolha do comandante geral da Polícia Militar.

“O comando é  um elo de ligação da tropa com o governo. Ele serve para representar a classe,  ajudar a expressar nossos anseios e reivindicações, mas, infelizmente isso não  ocorre. O governo promove quem quer. O comandante passa a ser mais um comandado  do governador e esquece a tropa em detrimento de benefícios do Executivo” –  desabafou o capitão que está detido na academia de Polícia  Militar.

Segundo o capitão, a ordem partiu do comandante geral, coronel  Luciano Silva. “Legalmente eu não poderia ser preso porque sou diretor da  Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) e estava discursando como  representante da categoria” – explicou.

Ele ressaltou ainda que em nenhum  momento foi ouvido e alegou que sofre perseguições há muito tempo. “Qualquer  tipo de lei que fira a constituição não é válida. Tenho férias acumuladas para  tirar, mas não me dão. Fui transferido para o interior por lutar por direitos. É  perseguição em cima de perseguição. Mas não vou recuar” – finalizou.

Para o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major PM  Fragoso, a prisão do amigo foi um ato de arbitrariedade do comando geral da PM.  “Acredito que alguém só pode ser preso em flagrante delito. O capitão Marcelo  não cometeu nenhum crime. Ele falou como diretor de associação e não destratou  ninguém. A Constituição brasileira garante o direito pela liberdade de  pensamento e expressão. O tempo da ditadura militar acabou. A liberdade está  prevista, inclusive, pelo Ministério da Justiça. Não podemos permitir esse  abuso” – disparou o major.

O presidente da associação enfatizou ainda que  a atitude mais correta seria abrir um procedimento para apurar as falas do  capitão e não ordenar sua prisão de imediato.
            
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=233759
 
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