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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mais uma do Governo paulista do PSDB, agora só falta denúncia de superfaturamento dos tablets

PM paga R$ 25 milhões por tablets que funcionam mal

Aparelhos usados em carros não conseguem consultar placas e RGs suspeitos
Comando da Policia Militar nega que os tablets adquiridos apresentem problemas de funcionamento
Alckmin conhece, em setembro, tablets já instalados em carros da PM da capital paulista
Os 11.750 tablets comprados por mais de R$ 25 milhões pela Polícia Militar paulista para equipar carros que patrulham o Estado apresentam problemas sérios de funcionamento.
A informação consta de relatório produzido pelos próprios policiais enviado à Assembleia Legislativa. A situação foi confirmada à Folhapor mais de uma dezena de PMs que receberam o aparelho na região metropolitana.
O uso da tecnologia foi anunciado em 2011 com alarde pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB).
"Meu comando pede que eu tente 'logar' o tablet a cada duas horas. Até hoje, só consegui duas vezes", disse um dos PMs com os quais a reportagem manteve contato nos últimos três meses -ele pediu para não ter o nome revelado.
Os tablets deveriam se conectar à internet ininterruptamente para que policiais pudessem, das ruas, registrar ocorrências, consultar RGs e placas de carros suspeitos.
O comando da Polícia Militar nega que os aparelhos tenham problemas de funcionamento. A corporação atribui eventuais falhas à operadora Vivo e ao manuseio dos policiais (leia mais na pág. C3).
'NÃO FUNCIONAM'
Uma possibilidade para o mau funcionamento dos aparelhos está relacionada às características internas do tablet, de acordo com técnicos ouvidos pela Folha.
Além de utilizar tecnologia GSM, anterior à 3G dos celulares comuns, os tablets da PM "não conversam" bem com a rede da operadora Vivo, que fornece à corporação paulista os chips de conexão ao preço de R$ 30 mensais a unidade -um total aproximado de R$ 4,2 milhões por ano.
"Os policiais estão relatando extrema dificuldade de acesso e operação dos tablets. Não funcionam", disse o deputado major Olímpio Gomes (PDT), membro da Comissão de Segurança da Assembleia.
"Oficiais da área da tecnologia de informação da PM me informaram de que haveria sérios problemas de qualidade desses produtos, na origem e no processo licitatório."
A COMPRA
Os tablets foram comprados pela PM após uma licitação realizada em novembro de 2010. A empresa vencedora foi a Neel Brasil Tecnologia.
Trata-se da mesma que venceu concorrência da Prefeitura de São Paulo e forneceu GPSs ilegais (sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações) à Guarda Civil -a Anatel lacrou os aparelhos após o caso ser revelado pela Folha em março.
No caso da PM, 3.000 dos 11.750 tablets começaram a ser usados pela PM em janeiro de 2011, antes que houvesse a homologação dos aparelhos pela Anatel, o que só veio a ocorrer sete meses depois.
Todo aparelho que emite radiofrequência, como os tablets, precisa de um selo da Anatel para ser comercializado e utilizado no Brasil.
Ou seja, os tablets podem ter sido usados de forma ilegal por um período de tempo.
INFORMAÇÃO ERRADA
Empresa interessada na licitação para a compra dos tablets, a Consladel tentou impugnar o edital em 2010 porque a PM não exigia, no texto oficial, o selo da Anatel para a compra dos aparelhos.
O Tribunal de Contas do Estado questionou o fato. A corporação, porém, afirmou não ter feito a exigência porque o tablet prescindia dela.
Segundo a Anatel, porém, o produto precisa, sim, do selo. O Tribunal de Contas diz que o caso está sob análise.

Fonte: Folha.com

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