Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Polícia começa a cortar os maus


Várias medidas estão sendo adotadas pelo estado vão apertar o cerco aos corruptos nas duas instituições

A cúpula da polícia paulista aperta o cerco contra os corruptos e prepara medidas para cortar a banda podre na raiz, impedindo-a de contaminar os bons. A primeira é a adoção de novos critérios para seleção de candidatos às carreiras da Polícia Civil, que começam a valer já neste ano, no concurso para peritos criminais. O processo terá várias fases – todas eliminatórias –, para ajudar a coibir escolhas por “Q.I.” (quem indica).
Segundo o delegado-geral, Marcos Carneiro, uma empresa especializada em grandes concursos, do tipo Fuvest ou Fundação Getúlio Vargas, se encarregará da escolha dos candidatos. "Trazer gente de fora para cuidar desse processo é uma forma de garantir que apenas quem tem capacidade e vocação seja selecionado", diz. Esse tipo de seleção já é feito na PM.
Outra mudança será a eliminação do exame oral, na última fase da seleção. Segundo Marcos Carneiro, a única exceção serão delegados de polícia. "Para eles o exame oral é obrigatório porque faz parte do processo de seleção das carreiras jurídicas, nas quais se enquadram agora", explica. Mas só poderá ser submetido à prova quem passar nos testes anteriores.
PREPARADOS /Exames de aptidão física e psicotécnico também passam a ser eliminatórios. Para justificar essa nova exigência, Marcos Carneiro cita o exemplo do ex-PM Ricardo Mendes dos Santos, condenado a 18 anos de prisão por envolvimento no sequestro da filha de 12 anos do ex-senador Luiz Esteves, em 1997, em Brasília. "Na época, todos se voltaram para o então comandante da PM, que apresentou documento mostrando que o policial havia sido impedido de ingressar na carreira, por ter sido reprovado no exame psicotécnico, mas recorreu à Justiça e conseguiu autorização para ser admitido. Na sentença, o juiz dizia ser inaceitável a eliminação de um candidato por causa do psicotécnico", conta.
"A polícia é uma atividade que exige boa saúde física, mental e preparo para suportar a pressão inerente da atividade, que não é pouca", diz Carneiro.
Outra novidade é a utilização do Instituto de Pesquisa Ethos na realização de levantamento ético-social sobre a vida dos aprovados, a exemplo do que também já ocorre na PM. "Mesmo que o candidato passe em todas as provas, só poderá entrar na instituição após aprovação de antecedentes. "Vamos supor que o futuro policial já se envolveu, por exemplo, em uma briga em boate na adolescência. Ele jamais poderá usar uma arma na cintura", observa o delegado-geral.
Para o especialista em segurança José Vicente da Silva, coronel da reserva da PM, o militarismo ainda é a estrutura que mais controla a tropa. "A PM, independentemente de condenação, demite se houver denúncia grave. Já na Polícia Civil os processos ficam dormindo nas prateleiras da Corregedoria à espera da decisão da Justiça."
O sociólogo Guaracy Mingardi, pesquisador do Centro de Pesquisa Aplicada do Direito da Fundação Getúlio Vargas, também acha importante a demissão do policial quando houver denúncia grave contra ele. "O policial tem de ir para fora. Não pode continuar trabalhando sob suspeita. Mesmo exercendo um cargo administrativo ele pode extorquir ou ameaçar testemunhas", comenta.

Fonte: Rede Bom Dia

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