* José Luiz Barbosa
Provérbio popular:
"Angu de um dia só, não engorda cachorro magro".
Com a realização de novas eleições, os ocupantes de cargos no poder legislativo - vereadores, e no executivo - prefeitos - devem apresentar os resultados de seu trabalho, pois é sua obrigação como representantes do povo, e para concorrer a reeleição, não basta apresentar um cronograma de obras que a muito tempo deveriam estar prontas e inauguradas, eis que quatro anos é um período de tempo mais do que razoável para cumprir os compromissos assumidos com os cidadãos eleitores, mas é exigência da cidadania que se apresente novas e inovadoras propostas e compromissos em respeito a vontade, anseios, demandas e necessidades da cidade e do município, bem como a melhoria, aprimoramento, e aperfeiçoamento de programas e projetos que estão dando certo e atendendo aos cidadãos.
Não basta tão somente querer dar ares de que se não houver a reeleição, que mais aparenta intimidação dissimulada, de que as obras vão parar e que somente os aliados e eleitores do candidato serão recompensados com sua suposta generosidade, atualmente chamada de continuidade, em contraposição ao continuísmo que tornou-se blasfêmia no vocabulário e discurso político, sendo uma heresia e mal presságio para os pretendentes a permanecer no poder
O cidadão não é cachorro, e não aguenta esperar por quase quatro anos, para ver concretizado sonhos de anos e anos de sofrimento e espera, e qualquer desculpa ou justificativa, pode ser até defendida e transformada em discurso para se engabelar o cidadão, mas sabemos que será somente para convencer possíveis opositores e cidadãos conscientes de seus direitos, bem como dos deveres da administração pública municipal.
Há ao longo da história da administração pública, e nas cidades do interior é mais comum, que administradores usem e abusem da estratégia de se dar início, bem como de inaugurar obras durante à véspera das eleições, tudo para iludir e querer convencer o cidadão, de que está se cumprindo compromissos assumidos, ledo engano, pois tal ação do poder público municipal somente tem como objetivo querer enganar e arrebanhar votos de possíveis eleitores insatisfeitos e indignados com sua gestão e com os poucos ou quase nenhum trabalho desenvolvido durante os últimos quase quatro anos.
Acorda cidadão!
E ainda afirmam, pois o cidadão quase nunca se informa sobre o planejamento e execução do cronograma de suas propostas, o que também é quase sempre exceção, tratar-se de lentidão da burocracia, e que sempre depende da liberação de recursos para a administração.
O raciocínio é simples, deixam para montar o circo quando se avizinha a eleição, com um grandioso espetáculo, induzindo o cidadão a acreditar e agradecer que trata-se de generosidade e uma grande concessão do ocupante do posto de chefe do poder executivo, que assim pode aplicar em seus incautos e desavisados eleitores mais um estelionato eleitoral, garantindo o poder por mais quatro anos para si e para seu grupo de aliados de interesses, que diga-se quase sempre não são do povo que lhe outorgará a delegação para representá-los com respeito, dignidade e transparência administrativa e política, e do mais importante princípio que deveria ser considerado, o da eficiência administrativa, previsto na Constituição Federal e reproduzido na Constituição do Estado de Minas Gerais, e que também deveria estar inserido em todas leis orgânicas dos municípios.
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade.
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