- SP: Alckmin nega relação de crimes contra PMs com ataques de 2006
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que os recentes atentados contra policiais militares em todo o Estado serão resolvidos "em questão de horas ou de dias", e descartou a possibilidade de que os crimes pudessem ter alguma ligação com facções criminosas. Nos últimos cinco dias, houve ataques a viaturas e bases da PM em todo o Estado, e seis PMs foram mortos.
"O que se percebe é que é mais uma vingança, uma reação à ação policial, ações mais localizadas", afirmou, negando relação com os ataques de maio de 2006, em grande parte promovidos pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os atentados na época teriam sido causados após a decisão do governo paulista de isolar líderes de facções em presídios de segurança máxima - ligação que Alckmin hesitou em fazer. "Talvez não haja uma ligação direta com o sistema penitenciário, mas vamos deixar que a polícia avance nessas investigações, e ela possa prestar aí as informações."
O governador garantiu que a polícia está empregando todo o esforço possível para a solução dos crimes, e acrescentou que "em questão de horas, ou de dias, teremos todos eles presos". "O governo não retroage um milímetro. A polícia está 24 horas trabalhando e identificando quem são esses criminosos. Só ontem nós tivemos cinco presos."
Na sexta-feira, o comando da Polícia Militar divulgou uma orientação aos oficiais de folga. Segundo nota divulgada pela assessoria da corporação, o número de ocorrências envolvendo militares fora do horário de expediente sugere um cuidado redobrado.
Além disso, todas as patrulhas estão com orientação de conduta de segurança especial, com atendimento de ocorrência em pares de viaturas e cautelas redobradas no atendimento de ocorrências e na aproximação de veículos, motos e pessoas suspeitas.
Na madrugada desta segunda-feira, um policial militar à paisana foi morto a tiros ao tentar impedir um assalto dentro de uma pizzaria no bairro da Vila Caiçara, na cidade de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. Com este caso, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de PMs mortos neste ano em todo o Estado sobe para 40. Em 2011, foram 47.
Fonte: Terra
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