O ministro Ricardo Lewandowski negou que tenha apressado a devolução do processo do mensalão por conta das pressões internas para que fossem cumpridos os prazos que permitissem o início do julgamento em 1º de agosto. Ele afirmou que seria "legítimo" entregar os autos até sexta-feira, data definida em sessão administrativa do Supremo Tribunal Federal. "Teria em tese essa permissão, pela própria decisão do plenário, mas conheço os prazos processuais como ninguém, e, para viabilizar o cronograma que o plenário definiu achei que hoje seria o dia para liberar o processo para a pauta", disse à Folha.
Ele disse ter "estranhado" a decisão do presidente da corte, Carlos Ayres Britto, de não lançar uma edição extraordinária da versão eletrônica do "Diário da Justiça" - procedimento que chamou de "corriqueiro"- que permitisse que os prazos corressem e o início do julgamento fosse no dia antes estabelecido. De acordo com ele, as edições extras podem circular até as 23h, o que permitiria a publicação. "Pela minha vontade e pelas providências que tomei em tempo hábil, poderia haver a publicação." Segundo ele, tão logo devolveu os autos recebeu ofício de Britto para que fizesse "urgentemente" o andamento "correto" da ação, no sistema informatizado da corte.
Ele disse que teve um problema para lançar o andamento da ação, mas que isso foi concluído no fim da tarde. Lewandowski e Britto travam uma queda de braço nos últimos dias, por meio de ofícios e de entrevistas. O presidente do STF cobrou publicamente do ministro revisor pressa na devolução dos autos para que pudessem ser cumpridos os ritos processuais a tempo de iniciar o julgamento na data fixada. O ministro revisor disse que é um "relógio" em termos de cumprimento de prazos, e que seu gabinete é o mais atento aos ritos processuais. (Folha de São Paulo)
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