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domingo, 16 de dezembro de 2012

Membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU exportam 7 de cada 10 armas do mundo




Entre importadores estão Síria, Egito, Líbia, Iêmen e Bahrein, segundo Anistia Internacional. Em 21 de abril, Conselho de Segurança aprovou envio de missão à Síria.

De acordo com a ONU, entre 10 mil e 15 mil pessoas morreram desde o início da rebelião contra o ditador da Líbia, Muammar Gadaffi, morto em outubro de 2011 pelos rebeldes que o capturaram. Na Síria, onde os confrontos mataram 55 pessoas somente na segunda-feira (23), também segundo a ONU, o número de mortos já supera 5 mil.

Dentro dos próprios corredores das Nações Unidas, os países-membros do Conselho de Segurança discutem ações para frear a violência decorrente dos levantes populares nos países árabes. No último sábado (21), o Conselho de Segurança aprovou o envio de 300 observadores à Síria e a necessidade de prestar apoio humanitário ao país.

Mas a conta que não fecha faz parte de uma campanha lançada pelo braço australiano da Anistia Internacional: seis países exportam 74% de todas as armas do mundo. Entre eles, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China e França que, somados, exportam 66,3% do armamento mundial. E para onde exportam? Países como Síria, Egito, Líbia, Iêmen e Bahrein - onde a realização da prova de abertura do torneio de 2012 da Fórmula 1 está ameaçada, justamente pela instabilidade local.


(Fonte: "Encontro Anual dos Donos do Mundo", André Dahmer)

Tratado para Comércio de Armas 

Segundo a Anistia, US$ 12,2 bilhões é o valor das exportações de armas apenas pelos Estados Unidos (imagem abaixo). Em julho, as Nações Unidas se reúnem para discutir um Tratado para Comércio de Armas, que pode regulamentar para quem as armas podem ser vendidas e evitar, por exemplo, que estejam nas mãos de países sabidamente violadores de direitos humanos. "Vamos usar essa oportunidade única para manter as armas longe das mãos erradas", diz a campanha da Anistia Internacional, que pede a adesão das pessoas através de uma petição online para pressionar a decisão da ONU.

Veja no gráfico abaixo quais são os maiores exportadores de armas, quais países são abastecidos por essas armas e as estimativas de morte nesses mesmos países, em gráfico da Anistia Internacional.


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