Daphnis Oliveira Júnior - Magistrado do Mato Grosso
Estou feliz! Entre mortos e feridos sobrevivemos todos, e com galhardia, somos vitoriosos. Sabem por que Marcus Vinicius não colocou o nosso pleito em votação? Ele sabia que sofreria uma derrota histórica no pleno, perderia para um bando de bacharéis reprovados, e isso ele não admite, sua vaidade pessoal não admite, seu “ranço” de coronel nordestino não admite.
Não vou repetir tudo que tenho escrito sobre Marcus Vinicius ( o Marquinho ) para não ser repetitivo, mas quero reafirmar uma delas: Marcus Vinicius não tem estatura moral para ser o presidente do Conselho Federal Da Ordem dos Advogados do Brasil. Hoje, nesse dia 05/08 ele demonstrou toda a sua mesquinhez, sua pequenez e a sua completa falta de caráter. Repudiou veementemente aquilo que é mais sagrado dentro de qualquer instituição. A liberdade. Não permitiu que os conselheiros federais votassem pela anulação da absurda peça da prova de direito penal. Calou os conselheiros pela força.
Marcus Vinicius revelou-se um DITADOR!
Ele e o seu fiel escudeiro Avelino. Esse se revelou um mentiroso digno de ser filho de Gepetto. Afirmou no plenário que recebeu ligações de professores afirmando que a questão estava correta, mas tinham que falar que estava errada, para não se indispor com os alunos. Avelino mentiu. Nenhum professor decente faria isso. Quem foram os professores? Diga os nomes? Ele não vai dizer, pois não existem.
Cézar Roberto Bitencourt não tem “ligações clandestinas”. Ele tem mais de 100 juristas que o apoiam abertamente, tem nome, tem CPF, tem DNA. Os apoiadores do Avelino são como a banca da FGV, não tem rosto.
Marcus Vinicius nos deu uma aula hoje meus caros colegas. Deu-nos uma aula de como rasgar o Estatuto Geral da advocacia. Deu-nos uma aula de como não ser ético. Deu-nos uma aula de como usar o poder para satisfação pessoal e de interesses sabe-se lá quais são. Quem quiser ser um advogado desonesto teve hoje uma aula e tanto.
Mas no fim, entre mortos e feridos estamos todos vivos.
Demos ao Brasil e aos “advogados” uma aula de cidadania. Fizemos o Marcus Vinicius “enfiar o seu rabinho entre as pernas” e fugir da votação no pleno. Lembrei-me se uma frase muito usada nos meus tempos de menino, lá nas ruas da minha querida Canavieiras, terra que me viu nascer e que era assim: “ Correu de medo, “cagou no dedo”...Marcus Vinicius assim o fez. Teve medo do enfrentamento no pleno. Teve medo do debate no campo das ideias. Teve medo pois contra a razão não existe argumento.
Por fim quero agradecer aos bravos conselheiros que defenderam a anulação das questões. Orgulhoso de ver pessoas decentes, de bem, comprometidos com aquilo que é justo e que é direito. Quem defendeu a votação expos seus argumentos e debateu. Quem foi contra apenas disse que o regimento não permitia. Não tinha argumento, tinha que repetir o argumento do Fidel Castro da OAB. Como diria o Bóris: UMA VERGONHA!
A batalha travada hoje é finita. Amanhã o sol da liberdade brilhará em raios fulgidos e toda tirania será rechaçada. Não perdemos a batalha, apenas adiamos a vitória. Eu, vocês e o nosso mestre sabemos que se a matéria fosse ao pleno a vitória seria nossa. Não perdemos, apenas fomos contidos pela postura de um “sujeito” que está presidente da OAB, e que pela postura, deveria ter sido presidente de Escola de Samba, bem à moda de Castor de Andrade.
Boa noite, estamos juntos. Foco, força e fé.
Avante filhos da viúva!!!
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