O carro do militar foi usado em dois roubos seguidos a padarias na Região de Venda Nova. Segundo a PM, o policial já estava afastado do trabalho para se tratar da dependência química
Daniel Silveira - Jornal Estado de Minas
Entre segunda e quarta-feira desta semana, o Estado de Minas publicou as histórias de dez mineiros usuários de crack. Droga barata que avança sobre todas as classes sociais, destruindo famílias. E é o vício em crack que pode estar por trás do desvio de conduta de um capitão da Polícia Militar, detido em flagrante suspeito de envolvimento em pelo menos dois assaltos a padarias na capital mineira. A dependência química o afastou do trabalho na corporação e, agora, ele será investigado pela Corregedoria pelos roubos a mão armada.
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Identificado apenas como capitão Malheiros, o militar foi detido na noite dessa quarta-feira na Região Noroeste de Belo Horizonte. Acompanhado por outro homem, cuja identidade não foi revelada, ele conduzia um carro que foi usado em um assalto a padaria ocorrido na terça-feira e outro na noite de quarta, horas antes do flagrante. Ambos os crimes ocorreram na Região de Venda Nova e as vítimas afirmaram que o carro dele, reconhecido formalmente, foi usado na fuga dos assaltantes nas duas ocasiões.
O capitão é lotado no Centro Integrado de Comunicações Operacionais (Cicop), mas, segundo a PM, ele está afastado do trabalho desde que foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar quando a corporação descobriu que ele é usuário de drogas. O afastamento se deu para que ele fizesse tratamento médico para se livrar do vício do crack.
A informação recebida pela reportagem do EM.com.br indica que o capitão foi flagrado em um ponto de venda e consumo de drogas. O chefe da assessoria de imprensa da PM, Coronel Alberto Luiz, nega. Segundo ele, o capitão estava dirigindo o carro, que estava sendo rastreado após o assalto dessa quarta-feira, quando foi abordado. O Coronel não divulgou mais detalhes da abordagem.
O capitão e o homem que o acompanhava foram levados para a Delegacia Seccional Noroeste. Segundo a PM, ambos foram liberados após registro da ocorrência porque as vítimas não os teriam reconhecido como autores do crime. Entretanto, uma fonte ouvida pela reportagem garante que a caixa da padaria o reconheceu, afirmando que ele a rendeu com arma em punho. A Polícia Civil, que registrou a ocorrência, disse não poder comentar o assunto, já que envolve policial da outra corporação.
Ainda segundo a PM, embora o capitão não tenha sido reconhecido pelas vítimas, apenas o carro usado nos assaltos, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a suposta atuação dele em assaltos a estabelecimentos comerciais.
Fonte: Blog do Cabo Fernando
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