Alemão, no Rio, tem ataque a UPPs pelo segundo dia consecutivo. Na terça-feira, PMs da UPP Nova Brasília foram atacados após protesto. Ninguém ficou feridos nos dois ataques, segundo a UPP.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que fica na Rua Itacorá, no Complexo do Alemão, Subúrbio do Rio, foi atacada por criminosos por volta das 20h desta quarta-feira (12). Segundo a PM, o contêiner não foi atingido e nenhum policial ficou ferido. A segurança foi reforçada por policiais de outras UPPs da área. Por volta das 21h30, PMs faziam buscas pelos autores dos disparos.
Na noite de terça-feira (11), policiais da UPP Nova Brasília foram atacados. Ninguém se feriu. A comunidade também faz parte do conjunto de favelas do Alemão. Horas antes, no fim da tarde, um protesto contra a prisão de dois jovens em operação na segunda-feira (10) teve confrontro entre PMs e moradores. Estrada do Itararé, uma das principais da região, foi interditada com barricadas. A polícia investiga se criminosos estão por trás da manifestação.
Na última quinta-feira (6), o soldado Rodrigo Paes Leme foi morto na região com um tiro de fuzil. De acordo com as investigações, o autor do disparo foi Igor Cristiano de Freitas, conhecido como Salgadinho, que está foragido.
40 motos apreendidas
Nesta quarta, a Delegacia de Roubos e Furtos e Automóveis (DRFA) fez uma operação no conjunto de comunidades e apreeendeu mais de 40 motos irregulares. Um homem, que tinha mandado de prisão por roubo, foi preso.
O protesto desta terça foi contra a prisão de Kleyton da Rocha Afonso e Hallan Marcilio Gonçalves. Na internet, amigos dizem que os dois jovens são inocentes, mas parentes não gravaram entrevistas. Eles foram presos com outras cinco pessoas, sob a suspeita de tráfico de drogas e associação para o tráfico. De acordo com a polícia, o grupo teve participação em ataques à UPP Nova Brasília e à delegacia do alemão no fim de janeiro e havia mandados de prisão contra Kleyton e Hallan.
“O Halan, ele era uma pessoa responsável, como se fosse o olheiro do tráfico. Ele avisava das incursões da polícia na comunidade e também fazia venda de drogas. O Clayton nós temos provas de que foi ele que organizou os ataque”, disse o delegado Felipe Curi, ao RJTV.
Balas de borracha e bombas
Na manifestação, imagens de um cinegrafista amador mostraram PMs usando balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar manifestantes. Segundo a PM, o confronto aconteceu porque um homem armado, que participava do protesto, disparou para o alto e fugiu. De acordo com a polícia, duas pessoas foram baleadas de raspão durante o protesto.
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