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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Comandante geral da PM de Minas e Senasp vão espalhar modelo de policiamento japonês para todo o País


O presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Policiais Militares Estaduais, coronel Márcio Martins Sant’Ana, participou de uma reunião, em Brasília, para definir Acordo de Cooperação Técnica Internacional para a implantação do Policiamento Comunitário utilizando o sistema Koban, que é adotado em todo o Japão. No encontro, foram traçadas diretrizes para que o método japonês seja estendido para demais estados brasileiros.

A reunião, que aconteceu no Ministério da Justiça na última terça-feira (27/05), contou com as presenças do chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Marcello Barros de Oliveira; o ministro do Japão, Takahiro Nakamae; o representante da JICA no Brasil, Satoshi Murosawa; o chefe da Missão do Japão, Ryuichi Tomizawa; o ministro João Tabajara, diretor adjunto da Agência Brasileira de Cooperação (ABC); o comandante-geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Fábio Duarte; o coronel Glauco Carvalho, da PM de São Paulo; Cristina Villanova, da Senasp; e Márcio Mattos, coordenador geral de Polícia Comunitária da Senasp.

Em 2010, a Polícia Militar de Minas Gerais atravessou o oceano Atlântico para buscar no Japão técnicas e estratégias para trabalhar na prevenção da criminalidade e como aumentar a sensação de segurança em Minas Gerais. Naquela época, cerca de 500 militares aprenderam sobre a experiência japonesa conhecida como Koban, cujo objetivo é aproximar a Corporação dos moradores. A experiência foi aplicada no estado e serviu de base para aprimorar o policiamento comunitário no território mineiro.

Para explicar como seriam as novas fases de implantação, Márcio Mattos contextualizou o processo do Koban no Brasil. “Nosso primeiro Acordo foi em 2008 e, com eles, capacitamos militares para atuarem neste método de policiamento. Hoje, queremos expandir a filosofia e repassar aos outros Estados este modelo de sucesso”. O coordenador ainda repassou as datas das fases de implantação que começa ainda este ano.

Durante o encontro, Marcello Barros frisou a importância da presença do comandante-geral da PMMG para que a doutrina de policiamento seja disseminada no Brasil. “O coronel Sant’Ana é presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais – CNCG. Por isso, ele será multiplicador e poderá repassar aos outros coronéis a importância de se investir no Koban.”

Esta nova fase de implantação do sistema para outros Estados no País gerou grande expectativa no Japão. “A cooperação entre Brasil e governo japonês já vem de muitos anos e tem bons resultados. Acreditamos nesta parceria para solucionar as questões de segurança pública em território brasileiro”, explicou  Tashiro Nakamae.

Minas Gerais, assim como o estado de São Paulo, tem, agora, credenciamento para ministrar o curso Koban para militares de outros Estados e até de outros países. “Inicialmente, tínhamos São Paulo como polo desta multiplicação de conhecimento. Mas, hoje, a JICA está muito feliz em cooperar para esta estruturação do sistema Koban em todos os Estados. É um esforço conjunto”, explicou Satoshi Murosawa. “A partir de hoje estamos iniciando um processo para contemplar os 27 estados federados”, acrescentou Ryuichi Tomizawa.

Se os japoneses têm pressa em implantar o quanto antes o sistema no Brasil, as autoridades nacionais também garantem esforços para que a doutrina seja ampliada. “Estamos em uma fase da democracia que a polícia de proximidade com o cidadão é o único caminho. A influência japonesa é importantíssima nesse processo”, explicou o Ministro João Tabajara.

O coronel Sant’Ana, por sua vez, explicou a diversidade encontrada em Minas Gerais e os desafios da segurança pública. “Minas é um Estado de dimensões. Temos 853 municípios, 20 milhões de habitantes e uma tropa de cerca de 43 mil militares. O sistema Koban se encaixa perfeitamente em nosso modelo de policiamento. Nossa ação é sedimentada no que preceitua a filosofia de Direitos Humanos e policiamento comunitário”, pontuou.

O oficial ainda reforçou seu compromisso em ampliar o sistema no país. “Como presidente do CNCG espero contribuir para que esta fase do projeto seja exitosa. Testemunhamos, diariamente, o quanto a proximidade da polícia com o cidadão rende resultados. Em Minas, já promovemos cinco seminários nacionais e dois regionais”, lembrou o Coronel.

O comandante-geral da Brigada Militar concordou com o coronel  Sant’Ana. “Os militares que atuam no policiamento comunitário têm uma leitura mais solidária, eles enxergam melhor o seu real papel no contexto da segurança pública”, disse o coronel coronel Fábio Duarte.

Esta também é a opinião do coronel Glauco, da PM paulista. “Somos pioneiros com o Koban no Brasil. Aplicamos a filosofia em diversas bases comunitárias e hoje colhemos os frutos desta aproximação com o cidadão.”

No dia 2 de junho, uma comitiva, formada por japoneses e integrantes da Senasp, visita a Polícia Militar de Minas Gerais para acertar as diretrizes de implantação e elaborar o plano de trabalho que inclui cursos, seminários e treinamento no Japão.

Fonte: Texto e fotos da Assessoria de Imprensa da PMMG

Espírito Santo iniciou curso de formação do Koban, mas parou projeto

A Polícia Militar do Espírito Santo iniciou curso de formação para oficiais e praças a respeito do modelo Koban. Aconteceu no dia 11 de julho de 2011 o 3º Seminário de Polícia Interativa, acompanhado do  lançamento do Curso Nacional de Gestor de Policiamento Comunitário Sistema Koban.

Já no período de 17 a 21 de outubro de 2011, foi realizado o Curso Nacional de Promotor de Policiamento Comunitário Sistema Koban, que teve a participação de 50 militares capixabas. As aulas foram ministradas no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Vitória. O curso foi realizado segundo o acordo de cooperação técnica celebrado entre o Ministério da Justiça e o Governo do Espírito Santo. Teve como palestrante o tenente coronel Jailson Miranda, que falou sobre a ‘Polícia Interativa e Sistema Koban’. Ele abordou a experiência dos policiais capixabas que viram na prática o funcionamento do sistema no Japão.

Em setembro de 2011, o tenente-coronel Jailson Miranda esteve em Tóquio, junto com outros 12 oficiais de 10 estados brasileiros, participando do Curso de Capacitação em Polícia Comunitária (Sistema Koban). Miranda fez, a pedido do Blog do Elimar Côrtes, um relato sobre como é o sistema Koban, que tem muita coisa parecida com nossa Polícia Interativa. Veja mais detalhes no link http://elimarcortes.blogspot.com.br/2011/09/direto-de-toquio-oficial-capixaba.html

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