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terça-feira, 27 de maio de 2014

Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, confunde desmilitarização com desarmamento da Polícia

Comandante da PM critica defensores da desmilitarização da polícia




Coronel Márcio Martins Sant'Ana diz ao jornal Estado de Minas que quem defende adesmilitarização como a solução para a segurança pública tem cegueira total. Ele crê que retirada das armas da força policial é armadilha para a população
















O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Martins Sant’Ana, critica os defensores da desmilitarização da corporação, que, segundo ele, seria um armadilha para a população. “Achar que desmilitarizar é a solução para a segurança pública não é uma visão nem míope, mas uma cegueira total. 

É não ter percepção da realidade, não conhecer as instituições e fazer com que uma proposta mirabolante como essa seja mais um marketing político do que a responsabilidade para resolver os problemas de segurança pública”, disse. “Somos garantidores do estado democrático de direito. Se existe um serviço democrático no rol dos serviços públicos, é o serviço de Polícia Militar”, diz.

As PM completará 239 anos em 9 de junho, informou o coronel, para lembrar a importância da corporação. “Estamos presentes desde o Brasil-Colônia. Estamos antenados com o nosso tempo, contemporâneos e muito bem sintonizados com as demandas, plenamente habilitados para prestar os serviços que a sociedade deste tempo exige”, afirma o coronel, reforçando que a doutrina da PM é baseada na filosofia dos direitos humanos, na polícia de proximidade e comunitária.

O coronel ressalta não ter uma resposta, mas uma dúvida sobre a desmilitarização. “A quem serve esse tipo de desestabilização e inquietação nas instituições tão tradicionais no país, que prestam seus serviços e são testadas todos os dias? Não é a Copa do Mundo, não é Olimpíada, o serviço é diário, e todos os dias a gente tem que dar prova da nossa eficiência”, diz o comandante da PM, lembrando que, no ano passado, a corporação registrou mais de 1,5 milhão de ocorrências, 257 mil prisões e mais de 20 mil armas apreendidas em Minas.

Maria da Penha
“As ocorrências são amplas, vão desde assistência a uma pessoa doente a casos de maiores complexidades, em que o nível de violência tomou proporções quase insuportáveis. Essa é uma instituição que cuida do trânsito, do idoso, da criança, que trabalha na prevenção, na defesa civil, que protege a mulher ameaçada. Hoje grande parte do nosso atendimento diz respeito às violações da chamada Lei Maria da Penha, e temos as nossas patrulhas de violência doméstica”, destaca Sant’Ana, lembrando ainda programas de educação e resistência às drogas para crianças.

O coronel informou que esteve em Brasília com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e discutiu o assunto: “A desmilitarização é um slogan que não pegou. Essa cantilena vem há 20 anos tentando ser emplacada e nunca se efetivou. A sociedade e os políticos responsáveis sabem da importância da PM para o estado democrático de direito, para a vida das menores cidades ev dos grandes centros urbanos”.

Plantão com Portal Uai

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