Por Lúcio Alves
Se existe algo que unifica os policiais, especialmente os militares, é o "espírito de corpo" e a cultura "quase militar" que é constantemente alimentada por diversos fenômenos.
A morte do jovem soldado da PM - André Luiz Lucas Neves - de 27 anos, morto ao tentar impedir um assalto na Pampulha, comoveu praças e oficiais que em MG andam correndo atrás de metas e mais metas. Também comoveu muitos dos que sabem e estudam os problemas que perpassam a segurança pública. A mobilização acontecida no domingo lembrou-me a de 1997 e a de 2004.
Todavia, duas diferenças: a primeira diz respeito à participação de oficiais e de praças juntos na causa e a segunda pela morte dramática e desnecessária do jovem soldado. Aqui e acolá debatemos e criticamos a ação da polícia, mas é errado deixar de apontar os equívocos da segurança pública quando a vítima é um policial que estava exercendo sua atividade. Podem dizer que estava em sua obrigação. Não é verdade, policiais militares, civis e os "paisanos" não podem e nem devem morrer em combate ou fora dele.
A política de segurança está totalmente errada e se não houver mudanças profundas no sistema criminal episódios como o do jovem policial vão se repetir. Com eles, as mobilizações vão ganhar força e, neste caso, podem esperar vinganças, alterações de rotina, desconforto em quartéis e descontrole da organização. Lamento a morte do policial e espero que a família encontre o conforto necessário.
Contudo, é importante mudanças que, no míninimo, possam garantir segurança aos policiais militares que nada mais fazem do que tentar responder às demandas (digo da política de metas e de gestão) oriundas de um comando militar associada à política de segurança pública oriunda daqueles que estão no poder executivo. Tudo muito lamentável...
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