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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Comando tucano admite desastre na votação de Minas Gerais

Partido identifica série de erros, como escolha do candidato ao governo, para justificar derrota para Dilma

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Tucanos lamentam vitória de Dilma nas eleições - SERGIO MORAES / REUTERS




BELO HORIZONTE e SÃO PAULO — A derrota do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, em Minas Gerais, por 550 mil votos de de diferença, foi considerada um desastre pelo comando do PSDB mineiro. Aécio governou o estado por dois mandatos. O PSDB atribui o resultado a erros na escolha de Pimenta da Veiga para concorrer ao governo estadual e na condução da campanha.

Pimenta foi derrotado por Fernando Pimentel (PT), e o PSDB perderá o controle do estado após 12 anos. Dilma venceu em Minas no primeiro e no segundo turno, mas o PSDB ficou atônito com o desempenho na etapa final. Segundo dados da Justiça Eleitoral, das 12 mesorregiões, Dilma venceu em oito e Aécio, em quatro.

A petista foi avassaladora no Vale do Jequitinhonha, com 65,82% dos votos. No Norte, ela obteve 71,07%. A presidente venceu ainda no rico Triângulo Mineiro, com 56,81%. Aécio levou vantagem em Belo Horizonte, com 64,27%. Por isso, o tucano venceu na mesorregião chamada Metropolitana de Belo Horizonte e no Sul/Sudoeste; Oeste; e Central Mineira.

No segundo turno, Dilma ficou com 550 mil votos de vantagem, ficando com 52,41% dos votos (5.979.422) e Aécio, com 47,59% dos votos. No primeiro turno, a petista tivera 43,38% dos votos, enquanto o tucano recebeu 39,75%, uma diferença de 415 mil votos. O presidente regional do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, disse que o partido vai “descobrir a causa dos erros”.

— Foi um desastre inimaginável. Nem no nosso pior cenário imaginávamos isso. O lógico era uma projeção de dois milhões de votos à frente (neste segundo turno). É doloroso, porque os mineiros não quiseram ter um presidente na trilha de Juscelino Kubitschek. Temos que descobrir qual é o erro, mas não para procurar culpados, e sim olhar para o futuro. Agora, é hora de lamber a ferida — disse Pestana.

O comando do PSDB não esconde o descontentamento com a campanha de Pimenta.
— A campanha de Pimenta não conseguiu defender o legado de Aécio e Antonio Anastasia no governo estadual — disse Pestana.

Nos bastidores, integrantes da campanha responsabilizam o próprio Aécio por ter escolhido Pimenta. Na ocasião, Aécio quis um nome que unificasse o PSDB mineiro, algo que Pestana não conseguiria. Mas Pimenta sempre foi visto como um “forasteiro”, sem identidade com Minas, já que morava fora do estado há anos.

Um dos erros, admitido nos bastidores, ocorreu ainda no primeiro turno, mas percebido só mais tarde, foi o excesso de confiança de Aécio em relação aos votos dos mineiros. A demora em reagir, o que se deu apenas no final do primeiro turno com uma intensa agenda de Aécio no estado, não foi suficiente.

A avaliação nos primeiros dias era que a derrota de Aécio no primeiro turno no estado quebrou a espinha dorsal do marketing da campanha, que era propagar a imagem de Aécio como bom gestor. A campanha passou os primeiros meses da eleição frisando que, se ele havia feito uma administração bem avaliada em Minas, seria capaz de fazer o mesmo na Presidência.

Um outro erro foi concentrar a campanha de Aécio na capital mineira, enquanto o PT se mobilizou para manter os espaços no interior. Eleito governador, Pimentel fez várias viagens pelo interior. Os tucanos ainda confiaram na vantagem que sempre tiveram em BH, para ter um bom desempenho em Minas.

Amigo de Dilma, Pimentel fez várias reuniões pelo interior com prefeitos. Tanto que Dilma escolheu Uberaba, e não a capital, para seu último comício no estado, quarta-feira passada. Domingo, Pimentel mostrou a importância de Minas para o PT.


— A eleição em Minas Gerais foi decisiva para obtermos essa vitória — disse Pimentel, por meio de nota do PT.



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