Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

domingo, 26 de outubro de 2014

Pela convicção do voto crítico


No processo eleitoral onde se consolida os anseios por mudanças, na alternância ou não do poder , o voto livre e espontâneo torna-se o pressuposto básico do estado democrático. Nesse momento, a partir de então, o povo deve decidir pelo destino de sua nação. 

Assim, a composição de forças das oposições são vitais pela complementação desse processo. A legitimação da vontade da maioria pelo direito legítimo das escolhas torna-se a premissa natural, de suma importância neste processo nas aspirações do cidadão. No entanto, meio ao turbulento e acirrado processo de luta pelo poder, devemos, nós brasileiros, observar individualmente com atenção onde nos enquadraríamos objetivamente neste contexto. Quem somos, onde estamos e o que buscamos. Quais as tendências políticas estariam em sintonia ao nosso perfil social e econômico.

Sabemos que no decurso, no exercício de todo o poder estabelecido, está o mesmo, sujeito aos erros e acertos e as necessidades humanas. Sabemos, da inquietação e necessidades humanas.. algumas das vezes, impossíveis de serem saciadas. Sabemos das mazelas, das tendências e padrões rígidos que orienta, que influencia ou que está o poder submetido. O governo Dilma não foge à regra, assim como nenhum outro no passado, neste País ou em qualquer outro lugar neste planeta. 

O Partido dos trabalhadores assim como todos os outros partidos, criam suas diretrizes como planos de ação e objetivos. Dentre as fileiras de todos os partidos, sabemos também, estarem repletas de todas as tendências do caráter humano. Espelham os reflexos do pensar e posturas em consonância às suas origens. Logo, ao situar-me, como todo brasileiro ante ao contexto, como parte do todo desta nação, dou-me conta das mudanças que urgem. 

Aliás, sempre urgem pois estão sempre atrasadas frente às necessidades da nação. Reconheço que há mudanças políticas em curso neste governo que são admiráveis e felizes. Percebo nesta mulher dinâmica e guerreira, e acima de tudo humana, Dilma Rousseff, seus pontos vulneráveis. Seus erros e sua luta desesperada por acertar. No entanto, não vejo adversário digno de sucedê-la. Mudar por mudar, seria conveniente para o nosso País?

Porque eu votaria em Aécio Neves?.. Quais as suas qualidades que o tornariam merecedor de minha admiração? Quem é esse senhor e de onde ele surgiu? Que segmento social e econômico ele defende? O que teria em comum com as massas, com o todo de nossa nação? Por não gostar dos pobres, denotando em suas políticas no passado, uma mais completa insensibilidade aos estratos mais humildes do Povo? Pelas políticas a favor dos milionários e corruptos que levam quantias, somas enormes em dinheiro o para os paraísos fiscais? 

Complicado o egoísmo, o individualismo das classe média e altas e indiferentes à integração do povo brasileiro à dignidade não me deixa dúvidas quanto à minha escolha. Sim, porquê hoje, pessoas de condição humilde podem viajar de avião, ter uma motocicleta, um carro em sua casa. Seu filhos pequenos não coletam sobras de " comida" de porta em porta dos mais abastados. Acabou praticamente a tão humilhante " sopa-de-ossos" no cotidiano, ao anoitecer, nas mesas de milhões de brasileiros. Podem frequentar supermercados granfinos e ter acesso a dietas diversificadas e nutritivas. 

Negros tem acesso às universidades. Todos podem estudar em universidades. O programa social de habitação posto em prática pelo esse governo sob baixíssimo custo, aos menos favorecidos, permitiu o acesso de milhões de cidadãos à sua casa própria. Um sonho realizado para tantos brasileiros sem teto. Não há mais mendigos nas ruas esmolando. Um dos argumentos mais usados pelos detratores da atual presidenta e seu a partido é o de que “estão há muito tempo no poder”. 

Esquecem que os tucanos há 20 anos ocupam o trono do governo de São Paulo (e há tempos vêm cometendo pecados sem perdão como o desmando irresponsável que gerou a crise de abastecimento de água no estado), isso sem falar nas oligarquias do Maranhão, que há cerca de 48 anos vem roendo o osso do poder, e aquelas de Alagoas, também perpetuando-se e fortalecendo-se pela improbidade administrativa.


O exercício do poder deve ser orientado e comprometido com o interesse dos trabalhadores, com aqueles cidadãos envolvidos na produção, educação, saúde e do cumprimento às leis,socialmente deve dirigir o olhar primeiramente aos desfavorecidos, aos excluídos do jogo social, isso é óbvio. Este governo que aí está fez isso. Há muito por fazer, muito o que melhorar nesse país. E o que ainda não falta no Brasil são pessoas vivendo em quadro de pobreza extrema, privadas dos direitos básicos de sua cidadania, massa de manobra barata para oligarcas usurpadores inescrupulosos. Quando o buraco é muito fundo – e o fosso social no Brasil é pra lá de fundo -, não há como não ser assistencialista, infelizmente. Uma das frases feitas que mais me indignam neste pobre debate político (debate entre aspas) é a máxima hipócrita de que “é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe”. Ora, como ensinar a pescar um sujeito devastado pela fome e pela doença?


Outro argumento usado à exaustão é o da corrupção, e não podemos nos enganar - todos os partidos, quando ocupam o poder, caem em tentação, para nossa desgraça. A diferença básica neste interminável vai-e-vem de corruptos é que os do PSDB seguem impunes, os do PT nem tanto. Só a punição exemplar desses bandidos somada à vigilância social mais ferrenha poderá fazer banir esta "cultura da corrupção" que hoje impera no país, ou ao menos reduzir os seus índices.


Não sou petista nem sou apegado a partidos ou candidatos. Voto com independência. No primeiro turno, meu voto foi para os candidatos do PSOL e do Partido dos Trabalhadores. Trabalhadores são todos os indivíduos que produzem honestamente e que operam nos ditames da lei. Professores, pesquisadores, operários, camponeses, servidores públicos, profissionais liberais, empresários honrados e visionários. Isso é o exercício da coerência. Se nos próximos anos aparecer uma grande e confiável liderança política de outro partido, não hesitarei em mudar meu voto, desde que seu projeto traga uma visão progressista.. socialista. Único projeto político que penso ser viável no mundo de hoje por sua prioridade humanista.


O que não me parece coerente é ver a ex-candidata Marina Silva, arauta da “nova política”, anunciando seu apoio à candidatura Aécio Neves. Todos sabemos que a sua trajetória de luta contra os barões malfeitores do Acre a aproxima ideologicamente mais do PT, e não foi à toa que ela assumiu a pasta do Meio-Ambiente no governo Lula. Isto que ela agora faz é velha politicagem, jamais nova política. Sabemos para onde miram os políticos do PSDB, e no que vai resultar um novo governo tucano (e faço questão de afirmar o mesmo repúdio às alianças eleitoreiras do PT com velhos caciques paroquiais como Sarney, Collor e Calheiros).


Se a intenção de parte do eleitorado era destronar o PT e Dilma a qualquer custo, então que votasse num partido mais à esquerda (sim, eles existem) e não num partido que reza na cartilha do datado neoliberalismo que levou à convulsão social e ao desemprego massivo países europeus sólidos como França e Espanha, e que quase levou o Brasil à bancarrota, na era FHC. Este, por sua vez, sociólogo pós-graduado na Universidade de Paris, tem como hobby disparar frases infelizes, como a recente declaração preconceituosa e separatista sobre os nordestinos e seu voto, segundo ele, catequizado. Com todo o respeito que possa merecer, o ex-presidente está na Idade Média da Sociologia. Avançamos muito nos últimos anos em termos de “pensamento social”. Não há porque retroceder.

Votarei em Dilma e, caso ela seja eleita, terá em mim um crítico implacável de seu governo no exercício de minha cidadania. É assim que entendo o que chamam de democracia. Mudar, não. Melhorar, sempre. O resto, meus amigos.. dispensável maiores comentários.)



Fonte: Facebook de Jacobs João Baptista Jacobs

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