Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Congresso quer fazer reforma política


Pesquisa obtida com exclusividade pelo Congresso em Foco mostra qual é a agenda que os parlamentares consideram prioritária para 2011. A alteração do atual sistema político eleitoral e a reforma tributária são as prioridades apontadas
José Cruz/ABr
Posse de Dilma: pesquisa mostra que Congresso concorda com prioridade estabelecida por ela para a reforma política
Rudolfo Lago
Eterno compromisso nunca assumido de fato, a reforma política tem finalmente chances reais de sair do papel em 2011. Apontada como prioridade na agenda da presidenta Dilma Rousseff, ela agora conta com o apoio também dos parlamentares que formarão o novo Congresso, a partir de 2 de fevereiro. É o que revela pesquisa do Instituto FSB, cujo conteúdo foi obtido pelo Congresso em Foco. Realizada desde 2008, a pesquisa do Instituto FSB tem como objetivo inicial verificar os hábitos e preferências dos deputados e senadores na sua relação com a mídia. Essa parte da pesquisa já foi publicada por outros veículos. Mas, além disso, o instituto resolveu pesquisar junto aos parlamentares o que eles pretendem priorizar na agenda legislativa para este ano. É essa parte da pesquisa que o Congresso em Foco publica agora com exclusividade.
A pesquisa demonstra sintonia entre as prioridades eleitas por Dilma e as escolhidas pelos deputados e senadores. De forma espontânea, 66% deles estabeleceram a reforma política como tema prioritário de votação no primeiro semestre. E 49% escolheram a reforma tributária. São também essas duas reformas as prioridades eleitas pelo Poder Executivo. Dez por cento apontaram o Código Florestal e 7% a PEC 300, que estabelece o piso salarial dos policiais militares e bombeiros.


De forma estimulada (ou seja, quando os temas eram claramente perguntados aos parlamentares), o percentual de apoio às reformas política e tributária foi ainda maior. No caso, 87% apontaram a reforma política como prioridade e 78% a reforma tributária. O Código Florestal ficou em terceiro, com 20%.

Leia ainda: Parlamentares esperam reforma política em 2011
Corte entre novos parlamentares e os atuais ou reeleitos também mostra as reformas política e tributária como prioridades, conforme se vê na tabela abaixo:


A atenção dada à reforma tributária é revelada ainda em outra pergunta feita pelo Instituto FSB. Tanto os deputados quanto os senadores declaram-se majoritariamente favoráveis à redução da carga tributária brasileira, algo que, na opinião deles (71% dos deputados ouvidos, 70% dos senadores) precisa acontecer urgentemente. Para 18% dos deputados e 21% dos senadores, a carga tributária deve ser mantida nos níveis atuais.
Nova CPMF
Se o governo pensa seriamente em reeditar, com outro nome, a CPMF, a pesquisa recomenda que se cerque de cuidados. A CPMF foi derrubada pelo Congresso no governo Lula, e a pesquisa do Instituto FSB demonstra que os deputados e senadores continuam contrários a ela. A criação de uma Contribuição Social para a Saúde, que substituiria a finada CPMF não tem o apoio dos parlamentares. Cinquenta e seis por cento dos deputados são contrários a ela, e 52% dos senadores.



A situação é diferente, embora com percentuais apertados, quando se trata de criar, dentro das regras que estão sendo discutidas para o pré-sal, uma compensação financeira para a exploração mineral (CFEM). Os deputados declaram-se a favor (32%), e os senadores são contra (36%).



Relação com a mídia
Numa parte da pesquisa já divulgada, os parlamentares revelam como se dá sua relação com a mídia. Apesar do aumento no uso da internet, os jornais impressos ainda são a principal fonte de informação de deputados e senadores. Foi o que declararam 62% deles. O percentual aumenta com relação à mesma pesquisa feita pelo Instituto FSB no ano passado. Na ocasião, 56% declararam se informar por jornais. Esse aumento quebrou uma curva de queda que se verificava desde 2008, quando 70% disseram que os jornais impressos eram sua principal fonte de informação.
Da mesma forma, quebrou-se também a tendência de crescimento da internet. Em 2008, 12% disseram se informar pela rede de computadores. O percentual aumentou para 17% em 2009 e para 26% em 2010. Agora, caiu para 23%. A televisão, porém, mantém-se em queda como fonte de informação. Em 2008, equiparava-se à internet (12%). Em 2009, ia a 13%. Em 2010, nova queda para 11%, e agora o percentual foi de 9%.
Com 70%, a Folha de S. Paulo é o jornal mais citado pelos parlamentares. Em segundo lugar, vem O Globo, com 33%. Na internet, a principal fonte de informações é o portal UOL, no qual está abrigado o Congresso em Foco. Em segundo lugar, vem o G1.
A maioria dos parlamentares considera muito importante (43%) ou importante (42%) a mídia na formação da sua opinião política. Mas é curioso o corte dado por partidos. O PT é o partido que dá menos importância à mídia: 20% dos políticos filiados ao partido da presidenta Dilma Rousseff disseram dar pouca importância à mídia na formação da sua opinião política, e 7% afirmaram não dão importância nenhuma. No PSDB e no PMDB, ninguém respondeu que a mídia não teria nenhuma importância. Entre os tucanos, 5% apenas a consideram pouco importante. Entre os peemedebistas, 7%. Enquanto 61% dos peemedebistas e 47% dos tucanos a consideram muito importante, esse percentual é de somente 19% entre os petistas.
A pesquisa do Instituto FSB foi realizada entre os dias 6 e 17 de dezembro do ano passado. Duzentos e quatro (60%) políticos foram ouvidos pelo telefone, e 136 (40%) foram entrevistados pessoalmente. No Senado, foram ouvidos 12 senadores com mandato até 2015, 16 senadores novos e cinco reeleitos, representando 41% do total. Na Câmara, foram ouvidos 126 deputados novos e 181 reeleitos, formando 60% do total. Representantes de todos os partidos com representação no Congresso e de todos os estados foram ouvidos.A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais.

Conheça na íntegra a pesquisa do Instituto FSB

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