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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova realidade deverá exigir mais jogo político

Primeiras ações demonstram uma valorização dos partidos
A oposição (PSDB/DEM) perdeu três eleições presidenciais seguidas e vê agora a sua unidade (aliança) também abalada. Há uma disputa em torno da presidência do PSDB, o DEM vive problemas internos e a base paulista tendo o prefeito Gilberto Kassab como referência está sendo visada pela área política aliada. As dificuldades para manter a aliança montada desde Fernando Henrique já são conhecidas. Além disso, o PMDB não é mais uma linha auxiliar, mas trata de consolidar sua estrutura e, se possível ampliá-la. Seu ex-presidente é o vice-presidente da República, e com muita experiência nesse jogo político. Ele esteve ao lado de FHC, Lula e, agora, de Dilma. Faz lembrar, de certa forma, o antigo PSD...

Presidente Dilma Rousseff durante reunião/Foto:Roberto Stuckert/PR
Esse cenário, ainda que delineado no início do primeiro ano do novo governo, está em franca evidência, gerando ações visíveis. Até porque todos tratam de montar esquemas que funcionem ali adiante. O jogo político já funciona, assim, quase que paralelamente à instalação do novo governo, voltado para o presente e futuro. As ações partidárias são visíveis: o DEM, por exemplo, luta muito para assegurar sua unidade, requisitando a volta de Marco Maciel para presidi-lo, o PMDB aposta no poder e experiência de seu ex-presidente e agora vice-presidente da República na busca de uma estrutura cada vez maior, capaz de repercutir na hora certa. E o PSDB ainda vive as sequelas da última eleição presidencial.
Ninguém sabe ao certo o projeto de José Serra, mas sabe que o senador Aécio Neves terá tribuna e influência em Brasília para afirmar-se como candidato à presidência. O projeto tucano passa necessariamente pela manutenção de sua unidade e o primeiro sinal será a disputa pela presidência do partido, uma oportunidade para sentir suas estratégias e coesão.

Estrutura e poder...

Se as atenções estão voltadas para as saídas que a oposição tenta criar depois das sucessivas derrotas, elas devem ser divididas também com as ações de outro lado, especialmente do PMDB. Depois de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães e todos os desgastes que se seguiram, o partido desfruta no momento de uma situação diferenciada. Conta com o vice-presidente, participará da máquina administrativa e possui uma estrutura nacional muito expressiva. Michel Temer, o vice-presidente, já pensava na conquista de maior poder partidário há algum tempo, chegando a discursar nesse sentido quando foi reconduzido à presidência, numa disputa com Nelson Jobim, no início do segundo mandato de Lula. Depois, desenvolveu uma série de encontros com Aécio Neves, tentando seu retorno ao partido, pensando na sucessão. Não deu certo. Então, o caminho foi ampliar as relações com o presidente Lula e até participar de seu conselho político. Solidificou a aliança e acabou incluído na chapa de Dilma Rousseff. Nem por isso o partido viu comprometida sua organização nos estados. Pelo contrário, os avanços do PMDB, nos últimos tempos, incluindo o Congresso, chamam a atenção. Trata-se de um outro ingrediente para as ações políticas que se desenvolvem a partir de agora.

Jogo às claras

As movimentações oposicionistas e peemedebistas, porém, não são ignoradas no centro do poder, até porque desenvolvidas claramente. O jogo político passa agora para uma nova etapa. Mas em qualquer equação futura a força petista, as ações de governo e as lideranças de Dilma e Lula também são trunfos da atual situação diante dessas novas realidades. E, além disso, tem a seu favor não só a estrutura e a máquina do governo, mas a experiência política adquirida nos últimos tempos. Uma conclusão: a postura petista não é mais a do primeiro governo Lula. E as ações partidárias estão em alta. Não há pausas...

Carlos Fehlberg


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