Deputado Sargento Rodrigues chama de embriagados, os militares que participaram da última assembléia salarial

 

Prezado companheiro Paterson,

Vivemos num país democrático portanto, as opiniões devem ser respeitadas e principalmente as decisões tomadas pela maioria. Sei perfeitamente como o aumento foi concedido, não agradou a uma parcela dos presentes, mas, também temos que deixar claro que maioria absoluta presente deliberaram por não sair as ruas e correrem riscos. Pois bem, sabemos que haviam vários companheiros querendo radicalizar, e muitos se encontravam embriagados e fora de sua consciência. A assembleia se tornou sem controle, pois vários companheiros não tiveram a educação e chegaram ao ponto de tomar a força os microfones da comissão. Como houve a deliberação por não sairmos as ruas, a minoria que resolver acompanhar algumas cabeças insensatas, passaram a correr riscos por conta própria. Não sei se você já fez parte que alguma negociação com o governo ou qualquer outro tipo de negociação. Se já participou, com certeza sabe de quais dificuldades estou falando, pois todas as possibilidades de acordo já haviam se encerrado. Chegando há um ponto, em que, quem detém o poder de negociar esgota, e a partir deste momento ele paga pra ver, ai a responsabilidade fica nos ombros daqueles tomarem as decisões. A comissão tinha apenas o poder de levar as reivindicações e trazer a resposta do governo. Quem deliberou por não sair as ruas e correrem os riscos foi a maioria daquela assembleia. O fato é que, uma parcela de nossos companheiros não entendem estas questões e preferem culpar a comissão pelos desfechos. Quanto aos demais pendencias, promoção, reconvocação e outros assuntos a matéria tem ser tratada separadamente, quando estiver tramitando matéria de alteração de nosso Estatuto, que a princípio, estaremos cobrando novamente do comando e governo o seu envio a esta CASA. O caso não é de aproveitar e sim saber o momento oportuno.

Atenciosamente,

Deputado Sargento Rodrigues - PDT

Líder da Bancada do PDT - ALMG

FILHOS DE MINAS, ERGAM SUA VOZ!

Colaborador: Paterson Manoel da Silva, via email

 

Comentário nosso: É lamentável que esse deputado nos trate dessa forma. Quando convocou a tropa, o interior, fomos solícitos e acreditamos nas lideranças e entidades que fizeram a convocação. Daí a frustração com o rumo que a reunião tomou. Eles sempre chamaram a reunião de assembléia, que no sentido sindical em nada se assemelhou. Não houve ata, secretário, presidente de mesa, e principalmente, o mais importante em qualquer assembléia que se preze: CONSULTA AOS PRESENTES. ISSO JAMAIS HOUVE, EM NUNHUMA DAS "ASSEMBLÉIAS". Ninguém deliberou nada!!! Uma pena que esse deputado que honrou Minas na recente história de luta salarial, a qual culminou com a morte do mártir CABO VALÉRIO, e agora chama parte da tropa que ele mesmo convocou de "embriagados, fora de sua consciência, ou o mais cínico, ao dizer que: "vários companheiros queriam radicalizar". Quem propôs isso foram as lideranças, não a tropa que viajou 12, 15 horas de viagem. Talvez sejamos ou fiquemos embrigados quando votamos em alguns políticos. Só isso explicaria...só isso!!! Absurdo!