A HERANÇA DO TERRORISMO POLÍTICO-MILITAR
MANIFESTO PELA ATUAÇÃO DAS ENTIDADES DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
CARTA ABERTA AO JORNAL A FOLHA DE SÃO PAULO E AO CIDADÃO LUCIANO HUCK
Art. 63, XXVI - da Lei Complementar nº. 207 de 5 de janeiro de 1979 - LEI ORGÃNICA DA POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO:
“'TECER COMENTÁRIOS QUE POSSAM GERAR DESCRÉDITO DA INSTITUIÇÃO POLICIAL"
Explicação: o policial civil tem o dever de ser cego, surdo e mudo.
Fingir que não vê, fingir que não escuta e extirpar a língua.
Ou ser contumaz mentiroso.
E jamais criticar uma personalidade possuidora de grandes contas publicitárias, cuja força econômica possa atuar diretamente sobre os interesses das empresas de informação.
Ainda que tal comentário, análise, interpretação seja feito em defesa da própria classe e do órgão policial.
A grande imprensa só defende os interesses financeiros que lhe dão sustentação?
O Luciano Huck chamou o Bope, mas perdeu Ibope?
E um simples policial, exercendo uma garantia fundamental, tem que pagar a conta como pretenso causador de descrédito da Polícia?
Que crédito a grande imprensa demonstra ter pela Polícia?
Qual o crédito que o famoso e milionário Luciano Huck demonstrou pela Polícia?
Pouco, sequer povidenciou a comunicação do fato por telefone; pois não temos grande credibilidade, tal como diversos órgãos estatais.
O crédito que nos resta é individual.
Não há crédito coletivo.
O Luciano Huck empregou a grande imprensa para exercer o seu direito de manifestação, de indignação e de desabafo.
Infeliz, em alguns aspectos, mas legítimos.
O policial Roger, com muito mais razão, fez o seu desabafo.
Todavia, sob suposta pressão do Jornal Folha de São Paulo, está sendo injustamente acusado de crime e falta disciplinar.
Poderá ser indiciado e demitido( um atentado aos direitos humanos) não por desacreditar o órgão, mas por questionar os termos das colocações do influente Luciano Huck.
O fato: uma metáfora refutada por outra metáfora.
09/10/2007 - 02h31 Corregedoria investiga policial que diz saber de Rolex de Luciano Huck
KLEBER TOMAZ, da Folha de S.Paulo.
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga um policial que teve sua carta publicada no Painel do Leitor da Folha de S.Paulo, no dia 2, dizendo saber onde está o relógio Rolex roubado do apresentador Luciano Huck e que não o recuperaria pois ganha pouco para trocar tiros com criminosos.
Em sua carta, o investigador Roger Franchini, do 36º DP, no Paraíso (zona sul), diz que os policiais que combatem o crime "sabemos onde está o Rolex roubado do Luciano Huck".
Ele afirma que não irá procurar o relógio pois recebe um salário-base de R$ 568,29.
Segundo o delegado-corregedor Francisco Campos, Franchini terá de se explicar.
"Se ele sabe onde está o Rolex do Huck, deveria apreender o material ou comunicar seus superiores onde ele está."
O texto de Franchini é uma crítica ao artigo "Pensamentos quase Póstumos", de Huck, que saíra um dia antes, no Tendências/Debates, da Folha.
Huck conta no artigo que poderia ter morrido no assalto.
Franchini também critica o governador José Serra (PSDB) por manter a polícia paulista na "miséria há 14 anos" e afirma que, para sustentar a família, faz "bico" --o que é proibido.
"Ele denegriu a imagem da sua instituição", disse Campos.
O policial prestou depoimento e admitiu ter escrito a carta.
Se punido, pode ser advertido, suspenso ou demitido.
O policial não quis se pronunciar.
Veja a íntegra da carta do policial Franchini
"Os policiais que estão na linha de frente do combate ao crime (todos os que não são delegados ou oficiais da PM), sabemos onde está o 'rolex roubado' do Luciano Huck --metáfora para o graal da segurança pública brasileira.
Mas não vou trocar tiro com bandidos recebendo um salário base de R$ 568,29 ao mês (e agora sem o ticket alimentação de R$ 80,00 que nos foi retirado em agosto de 2007).
"Prefiro correr risco no bico para sustentar meus filhos.
Se Huck não está feliz conosco, pode entrar para o movimento CANSEI e cobrar do governador Serra o motivo do PSDB ter tanta raiva da policia paulista e mantê-la na miséria há 14 anos.
Eu queria fazer minha inscrição lá, mas será que aceitam um policial sem dinheiro?
Roger Franchini"
ROGER: tentarei, abaixo, demonstrar os motivos da suposta raiva do governador José Serra pela Polícia, embora tal raiva seja uma quimera inventada por "vetustos verdugos mercenários":
Nilton Cesar de Azevedo (1) 09/10/2007 12h10 GUARUJA / SP
O Policial errou.
O particular não tem que ser prejudicado pelas péssimas condições salariais que tem a Polícia Paulista.
Aliás, o servir ao público está sempre em primeiro lugar.
È o que se espera de um servidor público.
Não é esse tipo de atitude que se deve enaltecer.
O Luciano deve estar chateado em razão de que de todo lado só há decepção.
Não é o pensamento de todo policial que foi externado no Painel do Leitor pelo policial do 36º DP da capital.
Há outras formas de se reivindicar salários.
O povo, destinatário final dos serviços públicos não pode arcar com decisões que o prejudique ainda mais.
Se soubesse onde estava o rolex, iria apreendê-lo e entregá-lo ao dono, no caso, Luciano Huck ou outra vítima qualquer. ( nos comentários do noticiário da Folha )
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SENHOR INVESTIGADOR-CHEFE NILTON CESAR DE AZEVEDO (atualmente no DENARC).
Vossa Senhoria , no ano de 2001, concorreu e executou a prisão de trabalhadores inocentes - vigilantes da empresa Prosegur, cujos familiares foram seqüestrados com o fim de que a "quadrilha" do ex-prefeito Gonzalez do Guarujá, mediante o desvio da rota do carro-forte e abandono do veículo pelos funcionários consumasse a subtração dos malotes e das armas.
Os vigilantes, pelo Senhor e pelo Dr. Maurício Barbosa, depois de torturados , de vítimas foram transformados em criminosos.
E autuados em flagrante - depois de muitas e muitas horas de conversações e entrevistas com os representantes da empresa - pela prática de Apropriação Indébita.
As vidas dessas pessoas e dos familiares foram irremediavelmente desgraçadas.
Foram presos, suas fotos publicadas na imprensa e perderam seus empregos, alguns deles com quase 20 anos de empresa.
E o Senhor - através de um longo, cansativo e inepto relatório - pretendeu demonstrar a prática da tentativa de apropriação indébita por parte dos vigilantes.
Uma empulhação vil, cujo teor teve o objetivo de buscar justificar o hediondo crime cometido nas dependências da Delegacia que chefiava.
O Senhor chefiava, pois o seu superior nunca passou de fraco que se deixa comandar por investigadores.
Por outro aspecto, também é o autor de um amontoado de empulhações (9 laudas), no qual entre outras pérolas afirma:
" Sem querer atentar ao Estado Democrático de Direito ou fazer apologia ao crime, faço me lembrar, quando adolescente, da morte de WLADMIR HERZOG ...WLADMIR (VLADO, VLAD), dizem, foi assassinado pelo Estado, que era de exceção"..."jornalista , genial, mitificado e, notório idealista que era, o qual fora encontrado morto, em dependências e repartição do Estado...
Quando vivo, mesmo no cárcere, pregava uma ideologia de direitos...
Hoje, MARCOLA, GULU, DINGOBEL , MACALÉ e outros facínoras, atuais membros de facção criminosa...querem regalias no cárcere “("sic").
Com efeito, o Senhor com ignorância e má-fé - em que pese o verniz de respeito pelo qual tenta disfarçar a sua ideologia: prisão ilegal, tortura e morte - colocou na mesma vala um homem de bem, justo e pacífico, com os marginais do PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL.
Aliás, parecendo ser a sua rotina de vida, fazer de inocentes criminosos.
E causou-me repulsa a sua hipocrisia, pois foi sempre um ferrenho defensor de que policiais nunca deveriam ser censurados e punidos com publicidade.
Um advogado dos julgamentos às portas fechadas.
Qual o motivo de vir, agora, como policial censurar o desafabo do seu colega?
Se o Roger fosse um policial corrupto, traficante, torturador e envolvido com máfias, com toda a certeza, o Senhor - caso não gritasse pelo princípio da presunção de inocência - ficaria calado...
Muito quieto para não se queimar com as "centenas" de ímpobros que não necessitam dos vencimentos pagos pelo Povo.
A manifestação do policial Roger não merece quaisquer punições.
Entretanto, a sua livre manifestação - no texto que fiz referência, o qual o Senhor fartamente distribuiu pela Seccional de Santos - merece muito mais do que censura.
Merece exemplar reprovação e punição: demissão a bem do serviço público.
Todavia, o senhor é o exemplo de policial "sério", "competente" e "culto"...
Assim, ocupa cargo de chefia em Delegacia do Denarc.
E o policial ROGER é colocado como inimigo da polícia.
Deixe de hipocrisia.
Quem leva vítimas ao cárcere sob falsa acusação, jamais devolveria Rolex.
Salvo para o Luciano Huck, apenas na certeza de obter dividendos, em muito, superiores ao valor do Rolex.
E farei chegar às mãos das entidades de defesa dos direitos humanos os seus trabalhos intelectuais; também, ao próprio LUCIANO HUCK, confiando em que ele ajudará o policial ROGER.
Ele, tenha como certo, abominará a sua criativa "parábola" (ou metáfora?), comparando WLADMIR HERZOG aos membros do PCC: Marcola, Gulu, Dingobel, Macalé e outros.
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ROGER se você fosse um "RECOLHA"(aquele que "apanha" a propina) a sua vida não seria assim...
Não faria bico, teria bela residência, carro de luxo e rolex.
E não seria acusado de denegrir a imagem da Instituição.
Felizmente, embora sofrendo, você é honesto.
Denegrir a imagem da Polícia é ser corruto
( Cadê o Cultcoolfreak?)
Reflita muito antes de quaisquer decisões no sentido de deixar a Polícia.
A Polícia e a coletivade necessitam de pessoas como você.
Fonte: Jornal Flit paralisante