Entrevistamos Marcelo Machado, militar brasileiro e Presidente da Associação Nacional dos Militares do Brasil (ANMB).
Prezado Marcelo, como você define "corrupção"?
A
corrupção está intrínseca na cultura do Brasil, não só na administração
pública, mas em todos os segmentos onde o “negócio” está envolvido.
Sempre vêem o “jeitinho” de se dar bem nas comissões ofertadas para
escolha de determinado produto em detrimento de outro, mesmo de maior
qualidade. Na iniciativa privada este recurso praticamente acabou,
estando ainda presente nos “negócios” da administração pública, onde
constantemente são denunciados.
Que tipo de modelo estatal tende a acentuar os índices de corrupção?
Na
verdade, o modelo pouco interfere na corrupção, já que existem órgãos
fiscalizadores e mesmo assim ela é contínua, parece que todos tendem a
se corromper. Creio que a opinião pública deva estar sempre bem
informada para combater este mal que prejudica os que mais necessitam
dos serviços prestados pelo governo. A imprensa seria a fonte de
denúncias, mas, ela também está inclusa no sistema corrupto.
A corrupção ocorrente no Brasil é mais agravada que em outros países? Por quê?
A
corrupção é um mal, e, como tal, está presente na natureza humana, em
maior ou menor escala. No Brasil atual, ela é fonte de publicações em
diversos países, não chegando ao conhecimento do eleitorado brasileiro
que fica preso à propaganda do governo em horário gratuito televisivo.
Diante disso, respondo que sim, no Brasil é mais grave na medida em que
não há o conhecimento, sendo este disseminado somente nas redes sociais,
onde, ainda poucos, tem acesso, ou não tem interesse em participar
deste conhecimento.
Há soluções para a corrupção? Quais foram aplicadas com sucesso por outros países?
No
Brasil, a solução é combater a corrupção, já que está enraizada em
diversos setores, inclusive nos detentores do PODER/DEVER de combatê-la
com a efetiva fiscalização e punição. Os exemplos italiano (Operação
Mãos Limpas) e o chileno (foram tomadas medidas diversas, tais como a
redução de 80% no número de cargos comissionados e a implantação de
mudanças no sistema de financiamento de campanhas eleitorais),
considerados um sucesso no combate à corrupção ao longo da década de
1990. Continue lendo no portal Contra Corrupção
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