Marcos Gati trabalhou na Polícia Militar do Paraná por 16 anos.
Decisão do STF obrigou a corporação a excluir o soldado do quadro.
Decisão do STF obrigou a corporação a excluir o soldado do quadro.
Um ex-soldado da Polícia Militar do Paraná, que trabalhava em Cianorte,
no noroeste do estado, está lutando na Justiça para tentar voltar à
corporação. Marcos Ademar Gati foi exonerado do posto de soldado de
primeira classe por ter 1,5 centímetro a menos que a altura mínima
permitida para ser policial. De acordo com os dados do processo, ele
mede 1,635 metro e a altura mínima exigida à época era de 1,65 metro.
Gati ficou na PM por 16 anos e faltavam
apenas oito anos para a aposentadoria dele. Na época do concurso
público, conseguiu assumir o cargo graças a uma liminar da Justiça, que o
autorizou a ser nomeado como policial. A altura já havia sido o motivo
que o reprovou no teste físico naquela ocasião. Em abril deste ano, oSupremo Tribunal Federal cassou a ordem judicial e o policial acabou mandado embora dos quadros da Polícia Militar.
“Eu pensava que a minha situação estaria
certa. Mas, de repente, veio essa má notícia, que acarretou na minha
exclusão”, diz o ex-policial. O advogado Carlos Eduardo Pinto, que
representa Gati, ainda acredita que vai conseguir reverter a decisão do
STF. Como argumento, o jurista usa uma lei de 2005, sancionada pelo
então governador, Roberto Requião (PMDB), que excluía a necessidade de
altura mínima em concursos públicos.
O problema, porém, é que a lei só foi
sancionada após o concurso que Gatti participou. “Esses fatos novos
foram levados agora novamente ao tribunal, buscando que o tribunal
entenda pela justiça de reintegrar o Gati à força policial”, diz o
advogado.
Enquanto aguarda a decisão judicial,
Gati trabalha como motorista de caminhão, profissão que lhe rende cerca
de R$ 1 mil por mês. Enquanto estava na polícia, o salário do ex-soldado
girava em torno de R$ 3,6 mil. “Eu tenho confiança na justiça de eles
vão dar um parecer favorável à minha causa”, acredita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada