Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sábado, 18 de maio de 2013

Segurança pública debate integração das polícias de MG e SP


ALMG discute, em São Sebastião do Paraíso, ação nas divisas desses Estados; população reclama de falta de policiais.


Comissão de Segurança Pública vai a São Sebastião do Paraíso.
Comissão de Segurança Pública vai a São Sebastião do Paraíso. - Foto: Marcelo Metzker
Como enfrentar criminosos que atravessam a divisa dos Estados e assaltam pequenas cidades, explodem caixas eletrônicos, efetuam contrabando de armas e traficam drogas? Para tentar responder questões como essa, a partir da integração das polícias civis e militares de Minas e de São Paulo, foi realizada audiência pública, em São Sebastião do Paraíso (Sudoeste de Minas), nesta sexta-feira (17/5), da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A reunião, conduzida pelo deputado João Leite (PSDB), teve o objetivo de debater a cooperação entre os órgãos de segurança desses estados, visando à melhoria da segurança pública em Minas e São Paulo e em suas divisas. Outro deputado presente foi Antônio Carlos Arantes (PSC), um dos autores do requerimento da audiência, que aconteceu no Teatro Municipal da cidade e contou com a presença de aproximadamente 100 convidados de diversas cidades e distritos da região, bem como do Estado de São Paulo. Moradores de São Sebastião do Paraíso e de distritos do município se mostraram preocupados com a falta de policiais na região.
João Leite informou que as comissões de segurança pública das assembleias legislativas brasileiras estão fazendo um esforço para debater questões de interesse nacional. Faremos um Fórum Nacional das Comissões de Segurança Pública em São Paulo. O documento final resultado desse encontro será levado ao Congresso.
O deputado Antônio Carlos Arantes afirmou que há uma diminuição da segurança na região. Arantes mostrou notícias de jornais sobre crimes de diversas naturezas. “Se não tomarmos atitudes fortes, vai piorar. Nos distritos e povoados quem comanda hoje não é o poder público, mas a criminalidade”, criticou. Para ele, a insegurança parte da falta de conexão entre as polícias.
O deputado Adilson Rossi, presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, afirmou que saúde e segurança são questões que não podem ser adiadas. “São Paulo tem divulgado a diminuição da criminalidade, mas temos a sensação no dia a dia de que isso não acontece. A mídia divulga acontecimentos que chocam as pessoas. Muitas vezes as pessoas cometem crime em seu Estado, e estando perto da fronteira, fogem para outro Estado. Havendo um esforço concentrado das polícias, poderemos amenizar grande parte desses problemas”.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Cássio Soares, São Sebastião do Paraíso conta hoje com infraestrutura invejável e efetivo perto do ideal. “Contudo, ainda temos o problema de postos policiais nas divisas”, observou. "Em 2011 tivemos 47 homicídios em Passos, um número alarmante". Ele cobrou, ainda, mais participação do Ministério Público e do Poder Judiciário.
“Segurança não se resolve com reuniões, mas com ações”, disse o prefeito de São Sebastião do Paraíso, Remolo Aloise. Já o vereador José Luiz Corrêa, presidente da Câmara Municipal da cidade, assinalou que há duas prioridades na região: combate às drogas e falta de efetivo policial.
Após essas falas iniciais, houve um segundo momento, apenas com a participação dos policiais civis e militares e da Polícia Federal.
Sem fronteiras – A major Silvana Helena Sozza, comandante interina do 15º Batalhão da Polícia Militar do Interior de Franca (São Paulo), frisou que o crime não tem fronteiras. “Nesse contexto, temos a prática de trocas de informações e estamos tornando isso mais sistemático”. Silvana observou que em Franca, só de flagrante delito, a PM prendeu 1.187 pessoas em um ano. “E não ficaram presos”, lamentou. A policial pediu aos legisladores que a impunidade seja combatida. Ela completou dizendo que houve uma diminuição da criminalidade na região de Franca com a participação da comunidade. A distância entre a cidade paulista e São Sebastião do Paraíso é de 70 km.
Na avaliação do chefe do 18º Departamento de Polícia Civil, Bráulio Stivanin Júnior, as polícias da região já fazem a integração há muito tempo, com troca de informações e ações operacionais em conjunto. Por outro lado, salientou, “não podemos colocar a responsabilidade da violência apenas na polícia. O fenômeno da violência deve ser enfrentado com ações sociais”. Já estão sendo criados, na região, gabinetes de gestão integrada das polícias.
O coronel Edilson Ivair Costa, comandante da 18ª RPM da Polícia Militar de Minas Gerais, ressaltou que hoje não há como desguarnecer ainda mais as cidades mandando os efetivos para a área rural, que sofre com insegurança. A informação deixou preocupados os moradores da área rural presentes à audiência pública. “Que pelo menos no fim de semana haja policiamento”, fez um apelo o vereador Beto da Guardinha (PT), de São Sebastião do Paraíso. Também houve reclamação de falta de policiais na ponte Rio Grande, em Sacramento, divisa com São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com