Criado há cerca de um mês e meio, o siteOnde fui Roubado já coleciona cerca de 150 mil visualizações de páginas e virou fenômeno de crescimento nos últimos dias. O portal colaborativo, criado para que as pessoas compartilhem informações quando forem vítimas de crimes em qualquer cidade do País, surpreendeu seus idealizadores, dois jovens estudantes de Ciência da Computação da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Marcio Vicente Filho e Filipe Norton não esperavam que o número de denúncias na página saltasse de 400 para mais de 1.500 em uma semana. Até o momento, Belo Horizonte lidera o ranking, com 438 ocorrências até o momento desta publicação.
As estatísticas não param por aí: de acordo com o relato dos internautas, cerca de 40% das pessoas roubadas na cidade não registram boletim de ocorrência. Os crimes mais cometidos são furto (36%), roubo à mão armada (34%) e arrombamento de veículos (11%). Dentre as vítimas, a maioria é do sexo masculino (58%). Entre os objetos “preferidos” dos criminosos estão celulares, carteiras e bolsas. No mapa da capital mineira, a região centro-sul concentra boa parte das denúncias.
Um dos idealizadores do site, Filho ressalta que o portal “cresce exponencialmente”. Segundo ele, já são mais de 150 cidades com denúncias cadastradas. Com o sócio, o jovem vinha há tempos buscando maneiras para criar um projeto inovador. Até que um dia, veio a ideia de desenvolver um projeto onde as pessoas pudessem dar seus relatos e informarem a população sobre áreas de perigo.
O jovem acredita que as denúncias feitas pelo portal servem como material para que a população possa cobrar retorno do poder público. Cooperar com a polícia e com cidadãos em conjunto é um dos planos.
—As denúncias ficam centralizadas na polícia, a população não tem acesso. Então, se ninguém te contar que um local é perigoso, você não vai saber. Não queremos em nenhum momento atrapalhar o trabalho da polícia, mas poder ajudar, entregando estes dados a eles, trabalhar em paralelo.
Para um futuro breve, os sócios querem que o site se transforme em uma rede social colaborativa e em “guia de bolso” sobre segurança.
—Se alguém vai sair para um lugar que não conhece, vai olhar o site e saber como está a situação, se tem muitos assaltos e, assim, ficar atento em áreas críticas.
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