FAMÍLIA DA SGT BM FERNANDA, MORTA EM OCORRÊNCIA DE INCÊNDIO, REVOLTADA COM O CORPO DE BOMBEIROS

Blog do Deputado Cabo Julio

Os familiares da 3º Sgt Fernanda Ferreira Patrocínio de Oliveira, que faleceu dia 18 de julho deste ano me procuraram hoje para denunciar descaso do Corpo de Bombeiros com a família e a tentativa da Corporação de esconder o que realmente aconteceu. A família afirma que a Sgt Fernanda morreu porque o oficial CBU que estava comandando a operação no local determinou que os elevadores fosse desligados com a militar dentro. Conheça os motivos da revolta da família:

1 - O esposo da militar não foi informado da morte da Sgt Fernanda pela corporação, tendo sido avisado tempos após por um outro parente que também é militar.

2 - A Sgt Fernanda subiu o prédio e retirou os moradores em risco, e com pouco oxigênio retornou pelo elevador pois o ar era suficiente, mas o Tenente CBU determinou que fosse cortado a energia do elevador sem verificar se havia alguém lá dentro, ficando a militar presa no elevador e o oxigênio acabou. O teto do elevador foi encontrado quebrado em uma demonstração de desespero da Sgt Fernanda em tentar sair por aquele local, para não ser asfixiada.

3 - Ninguém do Comando do batalhão ligou para o esposo da militar ou para sua mãe. 

4 - Nenhuma assistência foi dada a família da Sargento. Nenhuma visita foi feita a mãe da militar.

5 - O Corpo de Bombeiros teria mentido ao afirmar que a militar foi encontrada sem EPI - Equipamentos de Proteção Individual.A família afirma ter testemunhas que confirmam que a militar usava EPI.

6 - O desfibrilador que foi usado na militar era emprestado do Minas Tênis Clube, que demorou para chegar.

7 - Na declaração de óbito consta como local da ocorrência a porta do IML.

8 - As informações desencontradas do local e causa da morte estão dificultando o recebimento da pensão junto ao IPSM, e ninguém da corporação está auxiliando.

9 - Até hoje o Comandante do 1º Batalhão, unidade onde a Sgt Fernanda servia não conversou com o esposo da militar. As únicas palavras foram "pêsames" e "força".

10 - A família sequer foi informada se houve abertura de IPM ou inquérito policial.

11 - O armário da militar foi arrombado sem a presença de familiares e o material que estava lá foi entregue a família em um saco de lixo, demonstrando descaso e falta de consideração com a família e com a militar morta.  

Nota do Blog: Vamos avaliar na segunda-feira estas informações e solicitar ao Comandante Geral Coronel Silvio que tenha uma conversa com a família. É prematuro tirar conclusões sobre as denúncias, mas a Assembleia Legislativa vai acompanhar o caso, inclusive se necessário ouvindo o oficial CBU e os familiares. O que eu percebi foi uma revolta muito grande da família com o suposto descaso do 1º BBM.