Devemos perceber quando a mentira é inocente ou maliciosa e tomar cuidado com ela, pois quando doentia pode se tornar fatal para ambas às vitimas.
Em 1881 foi criado pelo escritor Mário Collodi, a história de Pinóquio, em que o
personagem principal é símbolo da mentira. A história relata o desejo de um boneco de
madeira em se tornar um menino de verdade, ele não podia mentir, visto que seu nariz crescia
quando o fato não era verídico, com isso criou-se o termo “dar uma de Pinóquio” para essa
tendência de mentir.
É uma tarefa muito difícil a de identificar um mentiroso, a não ser quando são pegos
em contradição ou flagrados. Até mesmo quem sofre com mentiras compulsivas (mitomania)
mentem sem perceberem suas contradições. Nem mesmo o polígrafo, detector de mentiras,
pode nos confirmar se o indivíduo está com toda certeza mentindo. Esse aparelho foi
inventado por Leonard Keller, em 1920, e verifica as reações fisiológicas do indivíduo para
provar que a declaração é falsa.
Apesar das pessoas mentirem sem o objetivo de prejudicar o outro, muitas vezes
estas são as verdadeiras intenções, pois elas arrumam desculpas para suas mentiras e
acreditam que farão bem a alguém com essa atitude.
A mentira pode ser classificada de várias formas, a mentira branca que é considerada como uma forma de se adaptar a sociedade, as
mentiras esfarrapadas “úteis” são aquelas em que você diz que vai a um local, mas vai a outro, de acordo com a Psicologia, a mentira é o falseamento da verdade, utilizada como
mecanismo de defesa.
Assim
como a psicologia, a psicanálise afirma que a mentira é um mecanismo de defesa e tem suas
razões. É óbvio que o objetivo da mentira seja o de fazer o individuo acreditar em algo que ele
discorde, já o objetivo da mentira habitual talvez seja inconsciente. (BALLONE 2010).
O ser humano utiliza a mentira que é uma realização enganosa para negar fatos da
realidade que ele não aceita ou fantasiar situações em que ele se encontra com problemas,
tentando fugir da realidade que não lhe agrada. O ego do mentiroso é fortalecido de acordo
com o crédito que ele recebe pelas suas falsas declarações, ele mente fantasia e envolve todos em suas mentiras, e ao conquistar êxito mantêm o ato de mentir sempre.
A mentira é
considerada o falseamento da verdade e não como o contrário da mesma e o que a define é a
intenção, sendo que quem mente acredita na própria mentira. Santo Agostinho diz que “Quem
enuncia um fato que lhe parece digno de crença ou acerca do qual forma opinião de que é
verdadeiro, não mente mesmo que seja falso”, mas a mentira nem por isto torna-se verdadeira.
A dissimulação é a mentira propriamente dita, ou seja, o ato de ocultar alguma
informação que possa prejudicar outro indivíduo. O dissimulado mente com o intuito de
esconder seus atos e principalmente prejudicar ou obter vantagens sobre os outros.
O
dissimulado encontra com facilidade defeitos nos próximos, mas tentam esconder todas suas
falhas, aparentando ser uma pessoa humilde, empática e altruísta, esse indivíduo age dessa
forma por medo, querendo esconder seus sentimentos diferenciados.
Nenhuma
autoridade da sociedade tem coragem de dizer que fez alguma declaração mentirosa, mas
todos nós sabemos que mentimos ás vezes por estratégia ou até mesmo por autopreservação.
O homem mente e crê na sua mentira, se forem reforçados continua com a manifestação da
mesma, psicologicamente a mentira é um mal que traz doenças ao mentiroso árduo.
A mentira se torna um mecanismo de defesa para quem tem algum
sentimento indesejado ou deformação do caráter, a mentira se desenvolve na infância podendo
tornar o indivíduo um mentiroso compulsivo.
A mentira como doença psicosocial, leva o mentiroso a dizer o que lhe convém, o que se espera para dominar a situação, o que
importa para ele é a realização pessoal que suas mentiras, seus golpes e suas farsas lhe
proporcionam, o êxito de suas conquistas alimenta cada vez mais seu ego, pelo prazer de
manipular as pessoas a sua volta.
Mesmo que sejam pegos, e punidos os psicopatas são incapazes de aprender com a punição, nunca se arrependem ou se curam, pelo contrário
continuam tentando manipular situações para que se livre da punição, fingindo ter se
transformado em outra pessoa melhor e tornando-se arrependido, o poder que ele exerce sobre
as pessoas é o que mais lhe agrada.
Há pessoas que mentem porque veem em sua mentira aquilo
que deseja ou o que quer ser tendo a possibilidade de tornar real algo irreal tornando o que é
falso real em sua mente. A pessoa que sente a necessidade de mentir tem um
comportamento insistente , persistente e voluntario, há casos que a pessoa se sente tão
confortável com sua mentira, que para ela sua invenção se torna real em seus pensamentos.
Fonte: http://www.aems.edu.br/
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