Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O escravo, a escravidão e o Senhor.


Com este texto encerramos nossa participação como militante na luta pela valorização, respeito, e cidadania dos policiais e bombeiros militares de Minas Gerais. Um capitúlo que demoramos a finalizar, pois ainda acreditavamos ser possível alguma mudança, mas sem vontade dos maiores interessados, é o mesmo que "queimar vela com defunto ruim."


Toda luta vale a pena, e sabemos que há muito a fazer, mas as lutas só valem a pena se não houver manipulação, enganação, peleguismo, e interesses políticos escusos e mesquinhos a dar-lhe aparência de luta de classe.

E aos desavisados e incautos advertimos, estejam atentos e vigilantes, pois a leniência e o temor plantado pelos deputados e seus aliados pagos "de que ruim com eles, pior sem eles", nos coloca como uma classe amedrontada, acuada, e intimidade pelo terror que enfrentamos para consquistar um pouco de respeito, valorização e da representação política que elegemos, mas que atualmente precisa ser pensada e modificada, pois nos tornamos escravos dos que pregavam liberdade até ontem.

Um movimento permeado por interesses estritamente pessoais e polarizados entre dois deputados que desde a campanha na eleição de 1998, disputam poder, notoriedade, espaço, e o monopolio dos votos (voto de cabresto), tranformando os fieis e combativos policiais e bombeiros militares, em massa de manobra e moeda de troca dos seus próprios interesses, servirá tão somente para dividir e para enfraquecer a luta pela dignidade e respeito profissional.




*O escravo, por exemplo, é escravo por rejeitar o combate com a vida.


Sua sujeição ao senhor é apenas uma parte do processo. Seu primeiro momento de submissão se dá em relação à vida: “Com efeito, o escravo não é propriamente escravo do senhor, mas da vida; é escravo porque recuou diante da morte, preferiu a servidão à liberdade na morte, portanto é menos escravo do senhor do que da vida” (Hyppolite, 1999, p. 188).


Os momentos da consciência servil, segundo Hyppolite são: medo, serviço e trabalho. No medo, o escravo possui um senhor exterior e um senhor interior em si.

O homem autônomo é aquele que se reconhece no seu trabalho, é aquele que passa pela angústia da morte, pela servidão e supera tudo isso:

O homem só atinge a autonomia verdadeira, a liberdade autêntica, depois de ter passado pela sujeição, depois de haver superado a angústia da morte pelo trabalho efetuado a serviço de outrem (que, para ele, encarna essa angústia). O trabalho libertador é pois necessariamente, à primeira vista, o trabalho forçado de um escravo que serve um senhor todo- poderoso,
detentor do poder real (p. 29)


Na angústia, ele começa a superar o medo e a dominar a natureza. No trabalho, ele empreende a construção do
mundo.

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