O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza na próxima segunda-feira (6/12/10) uma Reunião Especial para o lançamento da campanha Laço Branco: homens de Minas pelo fim da violência contra as mulheres, promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e pelo Conselho Estadual da Mulher (CEM). Diferente de outras reuniões especiais, que geralmente são realizadas para homenagear pessoas ou instituições, a solenidade, requerida pela deputada Gláucia Brandão (PPS), terá um rito distinto. Serão convidados entre 30 e 50 homens de segmentos variados da sociedade, que vão assumir o compromisso de combater a violência contra a mulher. Eles receberão o "laço branco", símbolo dessa campanha, e um diploma que ratifica o compromisso.
De âmbito mundial, esse movimento nasceu após o massacre de 14 mulheres, em 1989, numa sala de aula da Escola Politécnica, em Montreal (Canadá). Elas foram assassinadas por Marc Lepine, de 25 anos, que se suicidou após atirar enfurecidamente nas alunas. Ele deixou uma carta justificando que cometeu o crime por não suportar mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.
A tragédia mobilizou a opinião pública, e um grupo de homens canadenses resolveu lançar a campanha para mostrar que repudiavam a discriminação e a violência contra a mulher. Desde então, o movimento foi se espalhando pelo mundo. No Brasil, chegou em 1999 e, desde 2007, com a aprovação da Lei 11.489, a data 6 de dezembro foi instituída como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres.
Anualmente, são realizadas atividades de sensibilização dos homens, a partir de 25 de novembro, Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher, proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). Este ano, as atividades nacionais devem se estender até 10 de dezembro, acompanhando outra campanha ainda mais abrangente: 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as mulheres.
A autora do requerimento afirma que a reunião é um ato simbólico, para demonstrar o apoio da bancada feminina da Assembleia Legislativa ao movimento encabeçado por homens. "Queremos que eles sejam nossos parceiros nessa luta de combate à violência contra a mulher", afirma Gláucia Brandão.
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