Seminário e audiência pública sobre promoções não passou de jogo de cena

O seminário realizado pelas entidades de classe, para discussão dos critérios para promoção e mudanças na lei, bem como a audiência pública protagonizada pelo Deputado Sgt Rodrigues, não passou de jogo de cena, e possivelmente até com anuência do Comando Geral.

Em artigo recente alertamos sobre a realização destes eventos, que não surtiriam efeito nenhum sobre mudanças ou mesmo a aplicação de dispositivo da lei de promoções, que possibilitasse ao Comando da instituição ampliar e refazer os percentuais para que as promoções, pelo menos num primeiro momento, estancasse a frustração e o sentimento de desvalorização profissional que assola os sargentos e oficiais, por que os soldados e cabos, ainda aguentam um pouco mais sem que a frustração também se abata sobre eles.

Se todos pudessem enxergar por detrás do muro, perceberiam sem muito esforço, que todo barulho em torno das promoções, foi somente para que não houvesse nenhum problema ou um movimento sem controle para o governo, que transforma-se insatisfação em revolta, bem como para o comando, afinal estamos em final de exercício, e inicio de um novo governo.
Políticos e seus vassalos, não suportam escândalo ou exposição negativa na mídia, e qualquer movimento por menor que seja, causa apreensão e preocupação, sendo assim com tudo agora na normalidade, empurra-se para o ano que vem outra rodada de discussão, e os autores desta manobra poderão descansar e aproveitar muito as festas de fim de ano.  

Uma manobra magistral e desta dimensão legitimada pelas entidades, Deputado Sgt Rodrigues, e que contou, inclusive com representação dos comandos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, com todo discurso já pronto, certamente não seria intentada se não fosse para atender outros interesses, mas não dos oficiais  e praças.

Ouve-se muitos boatos sobre os reais motivos para que não fosse deliberado o aumento dos percentuais, que a lei de promoções permite e que foi introduzido para exatamente ser aplicado quando houvesse um estrangulamento nos postos e graduações.

Mas um merece ser pelo menos citado, de que a decisão para que não se aumentasse tais percentuais, seria para não promover alguns militares, que segundo fontes extra-oficiais, não jogam no time do comando, o que talvez seja somente boato mesmo, afinal não poderíamos acreditar que o comando se valeria de uma estratégia tão vil e desqualificada para não atender uma demanda que sabemos altera profundamente o moral de tropa.

Resta-nos trabalhar com afinco para que as condições e critérios das promoções sejam modificados, suprimidos ou até alterados, para que assim a administração da carreira do militar, possa ser um atributo de cada profissional, e que lhe possibilite planejar seu futuro sem interferências ou influências estranhas ao ambiente de trabalho.

Entretanto, confirma-se a dedução de que todo teatro armado que precedeu aos trabalhos da comissão de promoção de praças e oficiais, não passou de entendimento celebrado entre as entidades de classe, Deputado Sgt Rodrigues e comando, para que com as festas de final de ano, natal e ano novo, mais o décimo terceiro salário fossem suficientes para acalmar os ânimos, ainda mais que para endossar o discurso levado para a tropa, haverá uma desculpa esfarrapada, como a corroborar com as ações, de que houve a tentativa mas o poder de decisão está nas mãos do comando, como já se antecipou a própria associação dos oficiais.

Que pena, mas com o natal, e muitos movidos pela boa-fé, ainda insistem em acreditar em PAPAI NOEL. Se queremos ser valorizados e reconhecidos, só há uma forma, vamos a luta, sem vacilação e covardia.

Postado: administrador do blog