Ontem, na CPI do Cachoeira, o Congresso escancarou a cara da corrupção que tomou conta do governo deste país das construtoras, loteado entre PT e PMDB, com alguns coadjuvantes do PP, PTB e outros partidos da base dos corruptos. A Delta Construções tem um dono, Fernando Cavendish, que declarou que compra políticos a um preço que varia entre R$ 6 e 30 milhões. Há fotos destes políticos comprados em festas nababescas em Paris, um espetáculo deprimente. Ontem, foi denunciado que dois parlamentares que tem direito a voto na CPI estiveram, em abril último, com Cavendish, na mesma Paris onde ele fazia o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de bobo da corte, dançando bêbado na boquinha da garrafa.
A Delta Construções possui conexões escancaradas com o esquema de corrupção montado pelo bandido Carlinhos Cachoeira. Pilhas de gravações. Depoimentos. Testemunhas. No entanto, ontem, o diretor da Delta, a grande construtora do PAC, não foi convocado para depor na CPI. Os petistas Odair Cunha e Paulo Teixeira, esta face nojenta do pior momento da política em nossa país, em mesa presidida pelo senador peemedebista Vital do Rego, comandaram a votação que derrubou o requerimento. Votou contra a convocação de Cavendish o senador do PP, Ciro Nogueira, que esbaldou-se em festança em abril passado, em Paris, ao lado do empresário.
A denúncia de que parlamentares, membros da CPI, haviam estado com Cavendish, foi feita pelo deputado Miro Teixeira, do PDT, que chamou este grupo, a quem não nominou, como a "Tropa de Cheque". Isto causou indignação no deputado do PT, Cândido Vaccarezza, justamente aquele que mandou o torpedo para Sérgio Cabral, envolvido até o pescoço com as falcatruas da Delta. Ontem, na CPI, o torpedo de semanas atrás virou realidade. Cinicamente, apesar da sua idade, Pedro Simon, do PMDB, jogou toda a responsabilidade nas costas do aliado: - Nós estamos vivendo nesta comissão, um momento muito ruim na vida do PT. Talvez o PT marque essa data na sua história. Foi naquele dia 14 de junho, na reunião da CPI que o PT realmente mudou, assumindo posição que ele nunca tomaria. Um partido como o PT, com a história, com a biografia do PT, votar contra a vinda do Sr. Pagot e do Sr. Cavendish?, declarou.
Não, senador Simon. O PT é do PMDB. O PMDB é do PT. E o senhor, por conseguinte, mesmo sendo do PMDB também é do PT, porque ambos são esta coisa só. Estava mal escrito no SMS, agora está comprovado nos anais do Congresso.
Fonte: Blog Coturno Noturno
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