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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Direitos Humanos ouve denúncias de advogado ameaçado



Denunciante acusa delegado de Polícia Civil e pede proteção e segurança para si, para seu cliente e suas famílias.
Em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais na tarde desta segunda-feira (26/11/12), o advogado Dino Miraglia Filho denunciou que vem recebendo ameaças de morte, supostamente por parte do delegado de Polícia Civil Márcio Nabak.  Segundo ele, as ameaças teriam começado em julho de 2012, quando ele assumiu a defesa de Nilton Antônio Monteiro, denunciante da Lista de Furnas no caso conhecido como mensalão tucano.

Preocupado com a sua segurança, a de seu cliente e de suas famílias, o advogado fez um apelo à comissão para que tome providências urgentes no sentido de assegurar-lhes proteção e garantia de vida. “Não se trata de mera especulação, mas de risco efetivo de morte de pessoas de bem; não saí de uma ditadura militar para viver uma ditadura político-policialesca, que compromete o livre exercício da profissão de advogado e o estado democrático de direito”, afirmou. 

De acordo como advogado, seu cliente já teria sido vítima de tentativa de homicídio, quando teve sua casa incendiada com nove pessoas dentro, e um carro explodido, ferindo gravemente um membro da família, que chegou a permanecer mais de 40 dias no CTI.

O presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), comprometeu-se a recorrer aos órgãos públicos competentes com o objetivo de assegurar garantia de vida ao denunciante. A reunião da comissão foi realizada a requerimento do deputado Rogério Correia (PT).

Queima de arquivo - Em seu testemunho, Dino Miraglia Filho fez conexões entre o chamado mensalão tucano e o assassinato da modelo Cristiana Ferreira, em 2000, em um flat de Belo Horizonte. O advogado, que chegou a defender a família da modelo, acredita que Cristiana teria sido morta como queima de arquivo, devido a seu envolvimento com políticos mineiros, e não em razão de crime passional, como, na ocasião, foi atestado por laudo da Polícia Civil. 

Recentemente, a revista Carta Capital divulgou documento com informações sobre registros de caixa 2 na campanha de reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998, e a lista de envolvidos no caso do assassinato da modelo Cristiana Ferreira. Desde então, segundo o advogado, começaram as ameaças.

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