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Em Belo Horizonte, para cada branco assassinado, pelo menos três negros são mortos. O dado, divulgado na quinta-feira (29) pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), corrobora como a população negra está desproporcionalmente mais suscetível à violência.
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Em 2010, foram 653 assassinatos de negros na capital, contra 189 de brancos – em um universo de 1,2 milhão de habitantes negros e 1,1 milhão de brancos. Naquele ano, a cidade apresentou uma taxa de homicídios de 52,5 mortes por grupo de cem mil habitantes negros, índice superior ao do Rio de Janeiro (35,6) e de São Paulo (18,4).
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Para o secretário executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, o problema está diretamente ligado à pobreza, à falta de infraestrutura e de oportunidades de trabalho. “Muitos sofrem com o racismo”, afirma. O estudo aponta que a violência extrapolou o território das capitais e regiões metropolitanas e migrou para outras partes dos Estados, onde houve aumento de investimentos. “O fenômeno da violência, até meados dos anos 1990, estava concentrado nos grandes centros urbanos. Mas o aumento de investimentos em cidades médias e pequenas fez o crime espalhar”.
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Para o especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori, enquanto a segurança for tratada de forma secundária, o “massacre” de negros continuará. “A maior parte dos homicídios acontece nas periferias, onde a população negra é maior”.
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Vítimas da polícia
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Moradores do Aglomerado da Serra, onde um pedreiro foi executado por um policial no início desta semana, reclamam da brutalidade nas incursões feitas ao local. O jardineiro W., de 26 anos, retornava do serviço quando foi abordado por militares. “Fui preso acusado de roubar as ferramentas que uso apara trabalhar. Me senti desrespeitado como cidadão. Tudo o que eu tentava dizer era interrompido com gritos e acabei dentro de um camburão”, afirmou o jovem.
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Arma na cabeça
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Também negro, L., de 18 anos, foi parado por PMs em uma blitz. “Eles nem quiseram conversa. Me mandaram ajoelhar e, com um arma apontada, fui revistado e tive de ficar assim por quase duas horas”, disse. O coronel Alberto Luiz Alves, porta-voz da PM, informou que não se pode relacionar a criminalidade à raça ou condição social. E que as reclamações no aglomerado são resultado do clima tenso no local.
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Em 2010, foram 653 assassinatos de negros na capital, contra 189 de brancos – em um universo de 1,2 milhão de habitantes negros e 1,1 milhão de brancos. Naquele ano, a cidade apresentou uma taxa de homicídios de 52,5 mortes por grupo de cem mil habitantes negros, índice superior ao do Rio de Janeiro (35,6) e de São Paulo (18,4).
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Para o secretário executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, o problema está diretamente ligado à pobreza, à falta de infraestrutura e de oportunidades de trabalho. “Muitos sofrem com o racismo”, afirma. O estudo aponta que a violência extrapolou o território das capitais e regiões metropolitanas e migrou para outras partes dos Estados, onde houve aumento de investimentos. “O fenômeno da violência, até meados dos anos 1990, estava concentrado nos grandes centros urbanos. Mas o aumento de investimentos em cidades médias e pequenas fez o crime espalhar”.
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Para o especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori, enquanto a segurança for tratada de forma secundária, o “massacre” de negros continuará. “A maior parte dos homicídios acontece nas periferias, onde a população negra é maior”.
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Vítimas da polícia
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Moradores do Aglomerado da Serra, onde um pedreiro foi executado por um policial no início desta semana, reclamam da brutalidade nas incursões feitas ao local. O jardineiro W., de 26 anos, retornava do serviço quando foi abordado por militares. “Fui preso acusado de roubar as ferramentas que uso apara trabalhar. Me senti desrespeitado como cidadão. Tudo o que eu tentava dizer era interrompido com gritos e acabei dentro de um camburão”, afirmou o jovem.
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Arma na cabeça
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Também negro, L., de 18 anos, foi parado por PMs em uma blitz. “Eles nem quiseram conversa. Me mandaram ajoelhar e, com um arma apontada, fui revistado e tive de ficar assim por quase duas horas”, disse. O coronel Alberto Luiz Alves, porta-voz da PM, informou que não se pode relacionar a criminalidade à raça ou condição social. E que as reclamações no aglomerado são resultado do clima tenso no local.
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Fonte: Hoje em Dia (MG)
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