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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Assaltos a ônibus crescem nas rodovias de MG e aterrorizam viajantes


Veículos sem câmeras, detectores de metais e outros meios de segurança deixam milhares de passageiros vulneráveis a ataques de bandidos nas rodovias federais e estaduais em Minas
 
Landercy Hemerson - Jornal Estado de Minas
O transporte de passageiros nas rodovias mineiras é alvo de ataques de criminosos há mais uma década. Mas o sinal de alerta está mais intenso. Entre janeiro de 2011 e março deste ano foram pelo menos 504 ocorrências nas estradas estaduais e federais, por onde circulam cerca de 3,6 milhões de ônibus regulares e de turismo por ano. 
 
Uma terminou na morte de um passageiro, na BR-381, no Sul do estado, há menos de dois meses. Embora as empresas considerem pequeno o número de ataques, a segurança de passageiros e o combate à ação de bandidos nas estradas virou tema debate na Assembleia Legislativa e de um projeto de lei que exige instalação de equipamentos de segurança nos veículos e identificação de passageiros.

É notório nas rodovias o investimento ínfimo em tecnologia de segurança nos veículos que levam e trazem passageiros em comparação com os transportadores de carga. Não há câmeras na maioria dos ônibus, nem sistema de rastreamento e de alerta em caso de roubo, segundo policiais rodoviários e os próprios motoristas. A reportagem do Estado de Minas viajou de ônibus para o Triângulo Mineiro, um das regiões críticas, e constatou o alto risco vivido por passageiros e funcionários das empresas de transporte diante da falta de fiscalização e de medidas para garantir viagens seguras.

Com uma faca na bagagem de mão, o repórter entrou e saiu do ônibus e circulou nos pontos de parada sem passar por qualquer abordagem. E encontrou um motorista de Uberlândia que já passou pelo pânico de ser assaltado três vezes desde 2008, a última na madrugada do dia 17.

O inspetor Willian Romero, chefe de operações da delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Uberlândia, critica o setor empresarial. “Há uma inversão de valores quando a vida humana parece menos importante que um carregamento. O transporte de cargas dispõem de toda uma estrutura tecnológica voltada para segurança. Diariamente recebemos de cinco a seis ligações de empresas de monitoramento de carretas e caminhões e enviamos equipes para checar. Na maioria das vezes, é o motorista que não desligou o equipamento de rastreamento. Nos assaltos a ônibus o alerta chega atrasado, depois do fato ou, raridade no decorrer do ataque, quando alguém passa pela rodovia e suspeita de uma ação criminosa”.

Segundo Romero, no ano passado, depois do aumento de assaltos a ônibus na região (91 registrados pela PRF e Polícia Militar), representantes de duas empresas, a Expresso Nacional e a Real Expresso, procuraram a corporação em busca de uma ação conjunta. “Sugerimos a instalação de câmeras, pois as imagens são importantes na identificação dos criminosos, a maioria da região. Saber como os bandidos entram no ônibus, que tipo de arma usam, entre outros detalhes, permite melhor planejamento no combate ao crime”, explicou o inspetor, segundo o qual apenas os veículos da Expresso União, que opera uma linha na área, têm o equipamento em seus carros.

O chefe do setor de trânsito da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar, major Gibran Condé Guedes, defende a identificação de passageiros nas viagens intermunicipais e instalação de câmeras nos ônibus. Isso inibiria assaltos e facilitaria a identificação e a prisão de criminosos. “Esse é um investimento à parte das empresas, que cuidariam de seu patrimônio e da integridade do passageiro. As empresas têm como bancar”, diz.

Gibran garante que há operações policiais constantes, principalmente no Triângulo Mineiro, considerado ponto crítico pela geográfica central. “É uma área de passagem de ônibus de linhas regulares intermunicipais, interestaduais e internacionais, além de turismo, que desperta atenção”.

O major faz alerta aos passageiros para adotarem medidas de autoproteção, evitando uso de equipamentos eletrônicos caros em locais de embarque e desembarque e viajar com grandes somas de dinheiro ou joias. “Se o marginal não vê tanta vantagem no crime, fica desestimulado. No próximo feriadão e período de férias vamos fazer campanhas nesse sentido".

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