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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Soldados, Cabos e sargentos querem o fim da Polícia Militar


Compartilhe! Soldados, cabos e sargentos querem desmilitarização para que seja criada uma nova polícia. PEC 51/2013 tramita no senado.

"O fim da Polícia Militar para dar lugar à criação de uma nova polícia é defendido por cabos, soldados e sargentos da corporação em todo o País. Pode parecer contraditório os próprios policiais serem a favor da desmilitarização. Mas, segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES), Flávio Gava, a organização militar gera insatisfação entre os que ingressam na corporação como praças, principalmente, cabos, soldados e sargentos. A desmilitarização é um dos pontos defendidos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que hoje tramita no Senado e propõe ainda o fim da divisão do trabalho policial, em que a Polícia Civil investiga, enquanto a Polícia Militar realiza o policiamento preventivo. Segunda a proposta, toda polícia deve ser de natureza civil e realizar o ciclo completo, que é prevenir e investigar. De acordo com Gava, cerca de 95% dos praças apoiam a PEC 51, que também sugere a carreira única nas polícias, o que acabaria com a divisão entre praças e oficiais. “O fato de não existir uma carreira única cria um monte de conflitos internos nas instituições. Na carreira única, a hierarquia permanece, só que ela é baseada numa quantidade menor de postos. Além disso, só vai haver uma porta de entrada para a carreira policial, diferentemente do que ocorre hoje, pois há dois concursos públicos para entrar na mesma instituição”. O diretor jurídico da Associação Nacional de Praças, sargento Jean Ramalho Andrade, afirmou que a maioria dos praças no País é favorável à PEC 51. “Somos a favor da criação de uma polícia estadual, que vai ter o braço ostensivo e investigativo, só que num único corpo. Ainda que se possa ter hoje um trabalho conjunto entre Polícia Civil e Polícia Militar, ainda fica muito aquém do desejado pela sociedade”. O professor de Direito Penal Clécio Lemos também defende a desmilitarização e a carreira única na polícia. “A estrutura militarizadaprovoca uma mentalidade de dominação, patente baixa obedece patente alta, e qualquer tentativa de mudar isso gera alta repressão. Isso é ruim para os policiais de patentes baixas (que são a imensa maioria), porque são docilizados de forma ameaçadora”.

Mudanças na Polícia Civil

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013 também prevê mudanças na Polícia Civil e na Polícia Federal, pois determina carreira única para todas as polícias. Atualmente, o delegado de polícia, tanto na Polícia Civil quanto Polícia Federal, começa a carreira após passar em um concurso público para delegado. Ou seja, o agente ou investigador só consegue chegar à condição de delegado se passar neste concurso público. Com a proposta, quem entrou para as polícias Federal ou Civil como agente, por exemplo, pode chegar à condição de delegado por mérito ou por tempo de serviço. Para o diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), Jorge Emílio Leal, a proposta é positiva. O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Luís Antônio de Araújo Boudens, afirma que a carreira é mais democrática. “A carreira única promove maior justiça no crescimento dos policiais. Precisamos acabar no Brasil com o concurso para ser chefe”." 
Fonte: Jornal A Tribuna.

Saiba mais sobre a PEC 51 clicando no link: http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=114516"O fim da Polícia Militar para dar lugar à criação de uma nova polícia é defendido por cabos, soldados e sargentos da corporação em todo o País. Pode parecer contraditório os próprios policiais serem a favor da desmilitarização. 

Mas, segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES), Flávio Gava, a organização militar gera insatisfação entre os que ingressam na corporação como praças, principalmente, cabos, soldados e sargentos. 

A desmilitarização é um dos pontos defendidos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que hoje tramita no Senado e propõe ainda o fim da divisão do trabalho policial, em que a Polícia Civil investiga, enquanto a Polícia Militar realiza o policiamento preventivo. 

Segunda a proposta, toda polícia deve ser de natureza civil e realizar o ciclo completo, que é prevenir e investigar. De acordo com Gava, cerca de 95% dos praças apoiam a PEC 51, que também sugere a carreira única nas polícias, o que acabaria com a divisão entre praças e oficiais. “O fato de não existir uma carreira única cria um monte de conflitos internos nas instituições. Na carreira única, a hierarquia permanece, só que ela é baseada numa quantidade menor de postos. Além disso, só vai haver uma porta de entrada para a carreira policial, diferentemente do que ocorre hoje, pois há dois concursos públicos para entrar na mesma instituição”

O diretor jurídico da Associação Nacional de Praças, sargento Jean Ramalho Andrade, afirmou que a maioria dos praças no País é favorável à PEC 51. “Somos a favor da criação de uma polícia estadual, que vai ter o braço ostensivo e investigativo, só que num único corpo. Ainda que se possa ter hoje um trabalho conjunto entre Polícia Civil e Polícia Militar, ainda fica muito aquém do desejado pela sociedade”. O professor de Direito Penal Clécio Lemos também defende a desmilitarização e a carreira única na polícia. “A estrutura militarizadaprovoca uma mentalidade de dominação, patente baixa obedece patente alta, e qualquer tentativa de mudar isso gera alta repressão. Isso é ruim para os policiais de patentes baixas (que são a imensa maioria), porque são docilizados de forma ameaçadora”.

Mudanças na Polícia Civil

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013 também prevê mudanças na Polícia Civil e na Polícia Federal, pois determina carreira única para todas as polícias. Atualmente, o delegado de polícia, tanto na Polícia Civil quanto Polícia Federal, começa a carreira após passar em um concurso público para delegado. Ou seja, o agente ou investigador só consegue chegar à condição de delegado se passar neste concurso público. Com a proposta, quem entrou para as polícias Federal ou Civil como agente, por exemplo, pode chegar à condição de delegado por mérito ou por tempo de serviço. Para o diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), Jorge Emílio Leal, a proposta é positiva. O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Luís Antônio de Araújo Boudens, afirma que a carreira é mais democrática. “A carreira única promove maior justiça no crescimento dos policiais. Precisamos acabar no Brasil com o concurso para ser chefe”." 


Fonte: Jornal A Tribuna.
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4 comentários:

  1. Qual a proposta apresentada para aposentadoria? Falo da promoção ao posto/graduação imediata, isonomia salarial entre ativa e reserva, proventos para viúvas de policiais militares e pensionistas.
    Qual será o uso do sistema de saúde? Falo Instituto da Previdência dos Servidores Militares, também sistema de educação (colégio Tiradentes da PMMG), e outras conquistas que só foram possíveis pela condição própria de militar.
    É necessário pensar melhor acerca do tema "desmilitarização".
    Normalmente decisões feitas em momentos de forte emoção trazem prejuízo no futuro.

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  2. Geraldo Teixeira, leia o projeto para tomar suas conclusões, mas posso-llhe adiantar que o artigo 5º, protege todos os direitos já existentes para os policiais envolvidos, PF, PC,PM e PRF e GMs.

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    Respostas
    1. Realmente defende o direito adquirido, mas na maioria dos casos estamos falando em expectativa de direito. O militar ainda não aposentou-se, faltam as promoções na carreira e outras vantagens de acordo com o Estado. Destaca-se ainda que a desmilitarização é apenas um dos inúmeros tópicos.
      Alguém observou a criação da Ouvidoria com poder disciplinar, seriamos julgados por pessoa fora da Instituição inclusive com poder demissionário. Quem será? Como será nomeado?
      Quer acabar com polícias mas na contramão cria a possibilidade da criação de mais 5000 nova Polícias (municipais e metropolitanas).

      E ainda tem muito mais...

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  3. o professor Clecio, diz que é ruim que haja hierarquia, no caso da desmilitarizaçao, nao haveria chefe e subordinado?, todos seriam iguais?, nao entendi, pode explicar?, Luis Antonio de Araujo, fala que tem que acabar com o concurso para chefe, tambem nao entendi, uma pessoa com curso superior tem que começar no mesmo nivel de uma pessoa que tenha somente o primario? e ambos poderiam chegar ao posto mais elevado, mesmo com essa diferença de conhecimentos?, podem explicar?

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