* José Luiz Barbosa
Entrou o ano novo, com mudanças acontecendo, coróneis sendo alçados a comandante geral e chefe do estado maior do Corpo de Bombeiros Militar, mais coronéis sendo promovidos em ambas instituições militares, inflando ainda mais a cúpula de poder das organizações, que se avoluma em proporção aos seus postos no piso superior da hierarquia, combinado com seu poder de ocupação de postos na hierárquia militar e no aparato estatal.
Vetos governamentais sendo articulados nos corredores do poder, para que uma alteração em projeto de lei complementar não se aplique aos policiais e bombeiros militares, dispondos sobre assédio moral na administração pública, advirto no entanto, que não será pela lacuna legal, que tais comportamentos e atitudes deixaram de ser reprováveis e punidos pela via de outros dispositivos legais.
Adicional de periculosidade, sendo concedido a servidores do judiciário e nenhuma reação ou medida sendo efetivada para que possamos também partir para novas investidas, lutando e propondo mudanças na legislação de pessoal, de previdência, na trabalhista e de organização do poder judiciário militar, para que algumas alcancem sua aprovação.
Nenhuma agenda ou pauta de reivindicação e propostas, até o presente momento, foi apresentado por nenhuma entidade de classe, ou mesmo pelo ilustre deputado Sgt Rodrigues, "representante político da classe", a ser encaminhadas ao Governo do Estado, para se inicie imediatamente um forúm de debate para discussão de sua implementação, tendo como espinha dorsal, a política salarial e a implantação dos valores da PEC 300.
Um copa do mundo sendo planejada pelos governos estaduais, sede de jogos, e paralelamente nenhum estudo sendo desenvolvido para que propostas possam ser discutidas para que os policiais e bombeiros militares sejam valorizados profissional e recompensados financeiramente durante todo o evento, aí incluídos todo efetivo da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar, dado a repercussão e desdobramentos que atinge a malha de segurança de todo território mineiro durante todo período de sua realização, por ser excepcional, extraordinário e de relevada importância internacional para todo Brasil.
Tais propostas a muito vem sendo relegadas, pelas lideranças políticas, associativas e institucionais, o que contagia a atmosfera com um sentimento de inércia, conformismo e alienação, na medida em que se acaba esquecendo que cabe a cada um, cobrar, exigir, fiscalizar e participar dos processos em que se discutem os interesses da classe, mas sem se transformar em massa de manobra de terceiros mal intencionados.
Vemos com incerteza o futuro da luta pela valorização profissional, justiça, respeito e igualdade de tratamento na instituição, pois si não há, contrariamente ao que o cenário político nos revela, um clima de ostracismo, ociosidade e ibernação, não vislumbramos uma luz no fim do túnel, a julgar pelo desânimo quase anémico, resultado da descrença herdada dos sucessivos jogos políticos a que foram submetidos os policiais e bombeiros militares, o que caracteriza-se como uma verdadeira epidêmia, que atingiu a todos.
Sempre acredito que poderemos mudar algo, se todos quisermos e fizermos nossa parte, começando com a vontade de mudar, que é o primeiro passo para compreender que ningúem podera exercer sua cidadania em seu lugar.
Vamos aguardar os próximos capítulos desta que parece será uma novela sem final feliz, se depender e aceitarmos sem resistência os rumos que as coisas estão tomando.
* Sgt PMMG, bacharel em direito, presidente da associação cidadania e dignidade e fundador do blog.
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