Comissão de segurança pública discute violência em São Paulo

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado fará, hoje, a audiência pública: “A crise na segurança pública do País, em especial de São Paulo”. Apesar de ter índices decrescentes de homicídios há 11 anos, o estado assiste agora ao crescimento dos homicídios, sobretudo de policiais. Foram 90 policiais assassinados desde o início do ano.

As autoridades paulistas acreditam que muitos homicídios têm sido ordenados pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A organização já foi responsável por uma grande rebelião nos presídios paulistas em 2001 e uma onda de violência em 2006. Hoje, acredita-se que a maior parte de seus líderes está presa, mas de dentro das prisões eles estariam comandando atos de violência.

A reunião foi solicitada pelos deputados Vanderlei Siraque (PT-SP), Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e Alexandre Leite (DEM-SP). Para o deputado Protógenes, é preciso reforçar a ação coordenada que só esta semana começou a ser implementada entre o governo federal e o estadual.

“É muito preocupante. A cada dia que passa sem uma ação concreta nos três níveis de Poder, de uma forma integrada, sem uma ação coordenada, não vamos conseguir solucionar o problema de São Paulo”, afirmou Protógenes.

Convidados

Foram convidados para o debate: 

– ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; 

– secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki; 

– superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Roberto Cinciliati Troncon Filho; 

– secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto; 

– comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Roberval Ferreira França; 

– delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima; 

– representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), coronel Elias Miller; 

– capitão da Polícia Militar de Ribeirão Preto, Maurício Rafael Jerônimo de Melo; 

– representante do Instituto Sou da Paz, Melina Risso; 

– representante do Núcleo de Estudos de Violência da USP (SP), Sérgio Adorno; e 

– jornalista da Rede Record de Televisão Persival de Souza.

A reunião será realizada a partir das 14 horas, no Plenário 6.

Da Redação/MW

Correio do Brasil