A Organização Internacional do Trabalho (OIT) encerrou nessa sexta-feira a terceira reunião anual do Conselho de Administração divulgando declaração em que alerta para os riscos de a economia mundial entrar em um período prolongado de crescimento baixo, ou mesmo negativo. Segundo a organização, o cenário pode resultar em “consequências sociais terríveis aos trabalhadores e crise para os empregadores”.
A reportagem é de Carolina Sarres e publicada pela Agência Brasil, 16-11-2012.
De acordo com o comunicado conjunto dos participantes do encontro, que pode ser conferido em inglês no site da OIT, o diálogo social é indispensável para que haja uma resposta efetiva à crise, para a manutenção dos direitos dos trabalhadores no ambiente de trabalho e para a recuperação da economia mundial.
O Conselho de Administração da OIT - que tem participação de trabalhadores, empregadores e governos - se reúne três vezes ao ano, em março, junho e novembro, para definir as políticas da organização, debater a agenda das conferências internacionais do trabalho, adotar rascunhos de programas e orçamentos e eleger novos diretores-gerais.
A estimativa do colegiado, que esteve reunido nas últimas duas semanas em Genebra, na Suíça, é que pelo menos 203 milhões de pessoas estejam desempregadas no mundo em 2013. O Brasil foi representado na reunião pelo coordenador de Assuntos Internacionais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Sérgio Paixão.
A organização também ressaltou a importância da adesão dos governos à Declaração da OIT sobre Justiça Social para uma Globalização Justa e ao Pacto Global para o Emprego, como forma de alcançar a recuperação econômica sustentável e o crescimento. Os representantes ainda pediram ao diretor-geral da OIT, Guy Ryder, que as futuras reuniões da OIT sejam aproveitadas para debater a crise, promover ações coordenadas e avançar em soluções.
Fazem parte do documento outras propostas, como a inclusão do trabalho decente e emprego no rol dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas, depois do período de implementação da agenda, que se encerra em 2015; e que esforços da OIT promovam a coerência entre as políticas de trabalho e emprego nos países que têm papel mais relevante e influência no contexto internacional.
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