Opinião do Blog:
Uma detalhe importante, que não está visível nesta notícia, agora que petista graduados vão cumprir pena em regime fechado, e o pior em meio a criminosos comuns, pois pensam viver em outro plano da vida, e portanto seres diferentes, é que aparecem de repente outros não menos petistas, Marcos Rolim, a levantar a bandeira sobre a caotíca situação dos presídios e dos presidiários brasileiros, como se isto estivesse recheado de novidades.
A aplicação da pena, e a responsabilidade do estado pelas condições de sua execução, começam a pautar o discurso de estudiosos, pesquisadores, autoridades, e agora também a tornar-se tema recorrente entre políticos que são pelo menos conhecedores da realidade que teimamos em não enfrentar, assim como a desmilitarização das Polícias Militares, extinção das justiças militares, completa reestruturação das organizações policiais, modernização do inquerito e até a instituição do juizado de instrução, uma moderna e avançada instituição que supera em muito o modelo de Polícia cartorária adotado pela Polícia Civil brasileira.
Se vamos discutir segurança pública, como fator de prevenção, redução e repressão da violência e criminalidade, devemos dar-lhe o status de prioridade na agenda pública, pois o clamor público exige mudanças profundas no sistema a começar por definir a obrigatoriedade de investimentos públicos em todas as esferas de poder, para superar o atraso de anos de completo descaso e abandono por sucessivos governos.
José Luiz Barbosa
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade e especialista em segurança pública.
Entrevista de Marcos Rolim, concedida à
Rádio CBN, fala sobre a situação dos presídios brasileiros e sua "função" de
produzir e reproduzir o crime.
Ouça:
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Rolim é jornalista e mestre em sociologia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde realiza seu
doutoramento. É professor da Cátedra de Direitos Humanos no Centro Universitário
Metodista-IPA e atua como consultor em Segurança Pública e Direitos Humanos.
Presta serviços para Prefeituras, órgãos públicos e ONGs, sendo consultor ad
hocda UNESCO, do PNUD, da UNICEF e do BID. No âmbito do Governo Federal,
colabora com a Secretaria Especial de Direitos Humanos e com a Secretaria
Nacional de Segurança Pública. É membro fundador do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública e do Instituto Brasileiro de Justiça
Restaurativa.
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