A Polícia Federal
desarticulou, ontem, uma quadrilha que aplicava golpes em servidores
públicos federais aposentados. A Operação Bloqueio prendeu sete pessoas
em Brasília, Belo Horizonte, Parauapebas (PA) e São Luís (MA). Os
criminosos tinham acesso a dados pessoais das vítimas.
Os
estelionatários se apresentavam como funcionários do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), desembargadores, juízes, procuradores ou advogados,
mostravam que tinham informações privilegiadas e conhecimento sobre
trâmites processuais. Em seguida, pediam que os aposentados fizessem
depósitos para pagamento de custas judiciais ou honorários para agilizar
ações em benefício das vítimas. A Justiça também concedeu outros
mandados três de busca e apreensão, no Distrito Federal.
De
acordo com a delegada Fernanda da Costa Oliveira, coordenadora da
operação, "as histórias eram bem narradas, com muita desenvoltura". Por
isso, até quem não tinha causa na Justiça acreditava que poderia ter
algum direito a receber de gratificações ou remunerações atrasadas. "Os
golpistas apresentavam dados qualitativos que faziam com que as vítimas
pensassem que os processos eram verdadeiros", assinalou.
Ela
ressaltou que houve gente que lançou mão de poupança feita ao longo da
vida para fazer os depósitos pedidos pelos golpistas, que variavam entre
R$ 50 mil e R$ 100 mil. De exemplo, contou o caso de um homem de mais
de 90 anos que desembolsou R$ 98 mil e que, quando tentou retornar a
ligação, o número não existia mais. "A operação demorou mais de um ano
justamente por isso. Eles trocavam o chip do celular de 10 em 10 dias",
explicou.
Acesso aos dados
A
Polícia Federal ainda não sabe como os estelionatários tiveram acesso
aos dados dos servidores aposentados — se houve apoio de algum
funcionário público na ativa ou se as informações foram, por exemplo,
roubadas por um hacker (especialista em contornar as barreiras que
controlam sistemas e acessos a dados sigilosos). O inquérito que
resultou na Operação Bloqueio foi aberto a pedido do CNJ, a partir de
denúncias feitas à Ouvidoria, que recebeu e encaminhou à corporação mais
de 100 denúncias envolvendo os golpistas.
Segundo
o conselheiro ouvidor do CNJ, Wellington Saraiva, as queixas começaram
há mais de dois anos. "Os que nos procuraram, na maioria, tinham noção
de que a abordagem estava errada e não caíram no golpe." O CNJ informa
que não cobra dinheiro de cidadãos em hipótese alguma e que não faz
contatos telefônicos com quem tem demandas na Justiça. Pelo endereço
eletrônico www.cnj.jus.br é possível entrar em contato com a Ouvidoria
do CNJ para esclarecer dúvidas, fazer denúncias e dar sugestões.
Fonte: Correio Braziliense
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Acorda, Policial e Bombeiro Militar!
O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Fim do golpe contra servidores inativos
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