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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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sábado, 26 de janeiro de 2013

Homicídio sobe 34% na capital em 2012 e reverte tendência de queda de 11 anos


Bruno Ribeiro; Daniel Tríelli e Tiago Dantas

O ano passado terminou com um aumento de 34,3% no número de casos de homicídio na capital paulista em relação ao ano anterior, revertendo uma tendência de queda verificada pelo menos desde 2001 -dado mais antigo divulgado pelo governo. O total de casos cresceu de 1.019, em 2011, para 1.368, em 2012 - e a cidade voltou aos patamares de violência de seis anos atrás. No Estado, também houve aumento de 15% - o que não ocorria desde 2009.
O resultado negativo ocorreu em um ano marcado pela guerra não declarada entre policiais militares e integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A escalada de violência derrubou, em novembro, o secretário estadual da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que foi substituído pelo ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira.
A troca, no entanto, ainda não resultou em redução significativa nas mortes. Na comparação de dezembro (primeiro mês completo com Vieira no comando da segurança pública) com o mesmo mês de 2011, verifica-se um aumento de 62,5% (de 96 para 156) no número de casos de homicídios dolosos (com intenção de matar).
A velocidade do crescimento do número de mortes em São Paulo se intensificou a partir de setembro. O terceiro trimestre de 2012 teve 66% mais casos de homicídio do que o mesmo período de 2011. Embora todos os trimestres do ano tenham sido mais violentos do que os de 2011, no primeiro trimestre esse crescimento havia sido de apenas 14,7%, segundo dados divulgados ontem pelo governo.
Levando em conta o número de pessoas mortas, o ano passado terminou com 1.497 pessoas assassinadas na capital, contra 1.069 em 2011, um aumento de 40%. No Estado (incluindo as cidades da Grande São Paulo), o aumento porcentual foi menor, de 18%, mas significou 803 mais mortos (de 4.403 para 5.206 pessoas). Muitos dos assassinatos registrados no ano passado foram chacinas - ocorrências policiais que terminam com pelo menos três homicídios.
Silêncio. Apesar da piora das estatísticas, nem o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, nem o delegado-geral, Luiz Maurício Blazeck, quiseram ontem comentá-las. A Secretaria de Estado da Segurança Pública fez questão de reforçar, no entanto, que, na média, o Estado de São Paulo ainda mantém a menor taxa de homicídios do País: são 11,5 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, a média é 11,8; em Minas Gerais, de 18,8; no Rio de Janeiro, de 24,5. O levantamento feito pela secretaria leva em conta uma projeção para 2012, já que nem todos os Estados divulgaram dados oficiais até dezembro.
 ESTADÃO.COM.BR

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