O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel (SindiTeleBrasil), que representa as empresas de telecomunicações no país, acusou aplicativos que oferecem serviços de mensagens por voz de concorrência desleal e injusta. A entidade emitiu uma nota para anunciar que está iniciando "discussão profunda sobre a revolução digital que afeta de forma significativa diversos setores econômicos".
Ferramentas que ofertam envio de vídeo, voz e mensagens, como WhatsApp, Skype, Viber e o Messenger, do Facebook, estão na mira das empresas de telecomunicações, que atribuem possíveis prejuízos na área aos aplicativos. De acordo com a entidade, o desenvolvimento de tais serviços “pode colocar em risco o crescimento da infraestrutura, o emprego do brasileiro, a arrecadação nos níveis municipal, estadual e federal e a própria sustentabilidade do setor”.
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A SindiTeleBrasil defendeu a organização de um estudo por parte do poder público para garantir competição livre entre todos os agentes e apontou a existência de um favorecimento às gigantes mundiais da internet. "Hoje, atuam no Brasil de forma quase virtual, sem nenhuma obrigação de qualidade, cobertura, metas de atendimento ao público, garantia de privacidade e sigilo das comunicações, com reduzidos investimentos, baixa arrecadação e empregabilidade".
O comunicado reforçou a ideia de algumas operadoras: apresentar documento sobre o tema às autoridades brasileiras questionando o possível uso indevido de chamadas de voz via aplicativo pela rede de dados. Em defesa da liberdade de escolha dos consumidores, a associação Proteste se uniu a outras entidades - Artigo 19, Coletivo Digital, Barão de Itararé, Instituto Bem Estar Brasil e Clube de Engenharia - para criar o movimento “Não Calem o WhatsApp”, além de ter acionado o Ministério Público Federal.
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