Com todo respeito e apreço pelos policiais militares paulistas, se em 1997, quando tivemos uma onda de movimentos e manifestações de policiais e bombeiros militares pelo Brasil, os companheiros de São Paulo e suas entidades representativas não aderiram nem apoiaram, e agora ainda esperam morrer 90 de seus valorosos defensores da sociedade, para cogitar um movimento, que estratégica e politicamente poderia não ser necessariamente uma greve, pois precisam mobilizar, sensibilizar e buscar o apoio e colaboração também da opinião pública, pois senão terão também que enfrentá-la para demonstrar o caos, o medo e desvalorização profissional a que estão submetidos.
No último ataque do PCC as forças de segurança paulista, salvo em meados de 2004, estive em São Paulo, e o que se viu foi os dirigentes das entidades negociando a vida dos policiais militares, por uma abono ridículo, deixando para trás os inativos e pensionistas, e também nossa co-irmã a Polícia Civil.
Espero que estando ainda na fase da cogitação, que não se acovardem ou se omitam, e menos ainda que deixem as lideranças de suas associações, que nada fazem, pois se fizessem já teriam tomado uma atitude, ficarem discursando para se autopromoverem politicamente a custa da vida de nossos companheiros e do sofrimento de suas famílias.
Assim, como espero que não deixem para tomar uma atitude mais firme contra o governo e o comando, que também é responsável pela ineficiente política de segurança pública, que além de desvalorizar historicamente os profissionais de segurança pública, ainda não se preocupam ou investem na segurança pessoal e em melhores condições de trabalho, e finalmente que não esperem para iniciar alguma reação, quando a imprensa paulista noticiar o 100 policial morto.
Como a onda de violência está ultrapassando as fronteiras paulista, e pode fazer vítimas em outros estado da federação, ficamos na expectativa e esperando alguma reação dos policiais e bombeiros militares de São Paulo e de suas entidades, que já comprovou sua omissão, inércia e completa falta de compromisso com seus representados e com os cidadãos de São Paulo.
Contem conosco em Minas Gerais, mas não poderia deixar de demonstrar que em 1997, quando o Brasil esperava por vocês, não vimos nenhuma movimentação na luta pela valorização profissional da classe, e pelo respeito a nossa cidadania e dignidade.
José Luiz Barbosa, Sgt PM
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade e fundador do blog politica cidadania e dignidade.
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