O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
450 KG DE COCAÍNA ENTRE POLÍTICOS NÃO SÃO NOTÍCIA?
Se toda PRISÃO DA policia sobre trafico de drogas é tratada como sendo de envolvimento, porque no caso Do deputado NÃO houve este mesmo tratamento?
E PORQUE ATÉ AGORA, NENHUM DEPUTADO SE PRONUNCIOU SOBRE O SUPOSTO ENVOLVIMENTO DO COLEGA DE PARLAMENTO COM A OPERAÇÃO DE TRAFICO DE DROGAS DA POLICIA FEDERAL?
RESPONDAM PARA OS DEPUTADOS, INCLUSIVE OS MILITARES!!!
Novo escândalo na conhecida família Perrella, de políticos mineiros, é escondido pela mídia tradicional; Jornal Nacional, da Rede Globo, não divulgou nada sobre apreensão de helicóptero pertencente ao deputado Gustavo Perrella (SDD), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), com 450 kg de cocaína; Folha de S. Paulo usa discrição; O Globo foge da história; piloto é assessor no gabinete de Gustavo na Assembleia de Minas e funcionário de sua agropecuária; ex-presidente do Cruzeiro, Zezé é investigado pelo Ministério Público por ser dono de fazenda de R$ 60 milhões apesar de ter declarado, em 2010, R$ 490 mil em bens; suspeitas envolvem lavagem de dinheiro da venda de ex-jogador do atual campeão brasileiro de futebol; vídeo
27 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 13:26
Leonardo Lucena / Minas 247 – A Polícia Federal realizou na segunda-feira (25) uma das maiores apreensões de cocaína de sua história, ao flagrar nada menos que 450 quilos de cocaína na carga de um helicóptero pilotado pelo assessor parlamentar Rogério Almeida Antunes. O que já seria uma notícia de destaque ganhou mais ênfase pelo fato de o aparelho pertencer à Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade-MG). Outro componente bombástico está na informação de que Gustavo é filho e protegido político do senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente e sempre manda-chuva no Cruzeiro Esporte Clube, que acaba de se sagrar campeão brasileiro de futebol.
Todo manual de jornalismo explica que um caso como esse deve, necessariamente, ganhar um grande destaque em qualquer veículo de comunicação que se preze. Nele estão reunidos todos os elementos de uma história de repercussão. Tanto mais pelo histórico de suspeitas e denúncias que cercam a vida dos Perrella, especialmente do senador Zezé. No entanto, o chamado principal veículo de comunicação do País, o Jornal Nacional, da Rede Globo, não divulgou, em sua edição da mesma segunda-feira, poucas horas, portanto, depois da divulgação da apreensão, nenhum segundo a respeito do fato. Uma notícia quentíssima virou, ali, uma não notícia.
O jornal O Globo, também da família Marinho, fugiu da história. E o jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, que já usou muita tinta para histórias de menor repercussão, noticiou o caso com cuidado e discrição, protegendo nomes e históricos. Perderam os espectadores e leitores, mas, principalmente, perderam esses veículos, cujos critérios de seleção de notícias ferem cada vez mais os interesses do público.
O espanto pelo boicote ao fato é maior ainda quando se verifica o currículo dos Perrela. O deputado Gustavo, que a princípio procurou se afastar de seu piloto, na verdade o havia nomeado assessor na Assembleia Legislativa de Minas. Um cargo de confiança. Prometeu, para hoje (27), a exoneração de dele, mas, até o início da tarde, nada ocorrera oficialmente.
Quanto ao pai de Gustavo, o conhecido Zezé Perrella, as polêmicas vão ainda mais longe. Em 2011, quando ele era suplente do então senador Itamar Franco, o Ministério Público de Minas Gerais deu início a investigações para desvendar como o parlamentar comprou uma fazenda avaliada em cerca de R$ 60 milhões no município de Morada Nova de Minas (vídeo abaixo), a 260 quilômetros de Belo Horizonte. A suspeita é de enriquecimento ilícito.
Em torno de sua gestão na presidência do Cruzeiro, Zezé ainda deve importantes explicações. A venda do zagueiro Luisão, em 2003, levou a PF a indiciar o parlamentar pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em 2010. O zagueiro teria sido negociado por US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 4,8 milhões) com o empresário Juan Figger. Segundo a PF, um time uruguaio, o Central Espanhol Futebol Clube, teria sido usado pelo empresário como uma espécie de "laranja" para a venda do jogador, que teria ido para o Benfica, de Portugal, por US$ 1 milhão a menos do que o informado no Brasil. O objetivo desta negociação seria a não declaração de dinheiro ao Fisco. O clube uruguaio teria negociado 50% dos direitos do jogador ao Benfica. Por sua vez, Zezé Perrella negou as acusações e disse que vendeu 100% dos direitos de Luisão ao empresário pelo valor de R$ 4,8 milhões.
Em 2011, quando Zezé Perrella já era senador, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais abriu investigação sobre o uso de verba indenizatória da Assembleia de Minas para abastecer os seus jatinhos particulares. O parlamentar teria apresentado, em um ano e meio, 29 notas fiscais que somavam R$ 26,3 mil para justificar o abastecimento dos aviões. As notas teriam sido ressarcidas pelo Legislativo mineiro.
Apesar das denúncias, Perrella informou que não se sentia constrangido ao abastecer seus aviões com dinheiro público, uma vez que, segundo ele, as viagens tinham como finalidade o cumprimento da sua agenda parlamentar.
Ok, pode ser que os Perrella tenham todas as justificativas do mundo para a polêmica trajetória de enriquecimento da família. Mas isso também não é notícia?
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