Conta-se que, em certo país, determinado turista estranhou que ali se falasse tão pouco. Foi quando um amigo lhe explicou:
- É que nós temos aqui uma lei especial.
- É proibido falar?!... Lei de não falar?!
- Não - esclarece o outro -, não é bem assim. A lei diz que "todo mundo está proibido de falar... a menos que possa melhorar o silêncio".
O rosto, quando surpreendido em seus momentos de verdade, traduz tudo que vai por dentro. Escreve com sua mímica. Os pensamentos lançam mensagens que são interpretadas pela fisionomia de cada um.
(...)
Um orador deve traduzir no rosto sua alma verdadeira. Quando não tem "alma" e não tem "verdade" é melhor que se cale. Sua voz vai desmentir suas palavras; sua palavras vão desmentir seus gestos; seus gestos vão desmentir seu rosto. Estará fabricando uma dízima periódica de coisas inautênticas e não tocará ninguém.
* * *
O rosto, quando surpreendido em seus momentos de verdade, traduz tudo que vai por dentro. Escreve com sua mímica. Os pensamentos lançam mensagens que são interpretadas pela fisionomia de cada um.
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Um orador deve traduzir no rosto sua alma verdadeira. Quando não tem "alma" e não tem "verdade" é melhor que se cale. Sua voz vai desmentir suas palavras; sua palavras vão desmentir seus gestos; seus gestos vão desmentir seu rosto. Estará fabricando uma dízima periódica de coisas inautênticas e não tocará ninguém.
(BLOCH, Pedro. Você quer falar melhor?. Rio de Janeiro: Bloch Editores, 1967, pp. 91 e 93)
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