POSTURA DA POLÍCIA
Audiência sobre manifestações populares não teve presença da PM
Um dos temas do debate foi a postura da polícia em relação aos protestos e ocupações na capital, tendo em vista a Copa do Mundo de 2014
Assembleia Reunião contou com a presença de todos os órgãos convocados, exceto, a PM
JULIANA BAETA
A audiência pública que ocorreu na tarde desta quarta-feira (13) para discutir sobre a postura dos agentes de segurança pública durante as manifestações, já visando a Copa do Mundo que tem Belo Horizonte como uma das cidades-sede em 2014, não teve a presença de um dos órgãos mais criticados durante os protestos: a Polícia Militar (PM).
O deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, que solicitou a audiência, avaliou a reunião como positiva, apesar da falta da PM. Estiveram no local representantes do Ministério Público, da Polícia Civil, o Conselho Estadual de Direitos Humanos, além de representantes movimentos sociais.
"É lamentável que a PM não tenha participado, porque muitas das reclamações em relação à postura nas manifestações são direcionadas a ela", disse o deputado, que salientou que a reunião também serviu para aprovar o requerimento para que a Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares seja permanente.
Na audiência, ainda de acordo com o deputado, foram entregues depoimentos em relação a agressões de militares contra manifestantes, e também o relato de um militar que disse ter sido agredido por um manifestante. Além disso, ficou destacada a importância de se manter a Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares.
As ocupações na capital e os conflitos gerados entre a polícia e moradores de áreas invadidas também foram tema da reunião. Segundo o deputado, vários sindicatos da capital como o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação também denunciaram ações truculentas da PM e ainda disseram que estão sendo monitorados por policiais que estariam agindo a serviço de entidades privadas.
"Sendo permanente, essa comissão poderia atuar no sentido de eliminar os excessos cometidos por policiais nas ocupações", enfatizou Durval. Uma nova reunião está marcada para o dia 9 de dezembro.
O chefe da assessoria de imprensa da PM, Major Gilmar Luciano, informou que irá apurar porque o órgão não esteve presente e se realmente foi recebido algum convite para que a PM participasse da audiência.
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