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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

“O partido não é o Dirceu, nem o Lula", afirma Olívio Dutra, criticando compra de votos e formação de quadrilha do PT.



Do site da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, onde você ouvir a entrevista:
 
Militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e garantindo ter "vida modesta", mesmo com aposentadoria de governador, Olívio Dutra falou, hoje, sobre as articulações políticas firmadas durante a primeira gestão do presidente Lula que culminaram em escândalos como o Mensalão e a Operação Porto Seguro, que envolve a ex-assessora especial do gabinete presidencial em São Paulo, Rosemary Noronha. Sem cargo político na sigla, ele participou do programa Esfera Pública, na Rádio Guaíba, nesta segunda-feira.

Olívio reiterou confiança na credibilidade do ex-presidente Lula e lembrou ter sido o primeiro ministro indicado para a Pasta das Cidades, criada durante o primeiro mandato. Olívio disse, porém, que o Ministério foi usado como instrumento de troca entre os partidos da base aliada. O ex-governador foi demitido do cargo em julho de 2005, o que permitiu ao governo Lula abarcar o Partido Progressista na base de sustentação.

O ex-ministro disse ainda que o ex-presidente sofria todo tipo de pressão para ter governabilidade e chegou a alertar que os aliados podiam denegrir a história do PT e do ex-presidente. “Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido a medida que vão chegando pessoas. Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos”, ressaltou.

As declarações foram feitas no mesmo programa do qual o petista José Genoíno também participou. Na semana passada, o deputado federal foi empossado na Câmara dos Deputados. O condenado no processo do Mensalão mencionou o artigo 5º da Constituição que prega que o indivíduo somente pode ser culpado depois de sentença penal transitada em julgado e se disse apto para permanecer no cargo legislativo. “Fui condenado à noite e no dia seguinte eu saí do governo porque era um cargo comissionado. É diferente de uma eleição onde os eleitores me delegaram como suplente. Esses eleitores não têm tido nenhuma restrição, por isso, estou assumindo tranquilamente, de maneira muito serena”, alegou. Genoíno foi condenado a seis anos e 11 meses de prisão e multa por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do Mensalão. Se cumprir a pena, deve ser em regime semiaberto.

Para Olívio, Genoíno errou em ter assumido. “É uma opinião pessoal, mas tenho convicções de que assumindo nessas condições não foi a melhor escolha para a tua própria trajetória e para o sentimento partidário”, ressaltou.

Olívio Dutra ainda disse que não está decepcionado com o partido. A sigla, na visão do político, é muito maior que o esquema de compra de votos e formação de quadrilha. “O partido não é o Dirceu, nem o Lula, nem a Dilma, nem o Tarso, nem o Olívio. O partido é uma construção coletiva da democracia brasileira”, disse. Ele complementou, porém, dizendo que o Mensalão foi um conjunto de erros entre o partido e os políticos que se beneficiaram com os delitos. “As instâncias partidárias não estavam suficientemente azeitadas e foram atropeladas por estas ilustres pessoas do partido”.

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