Este mês os Policiais Militares tomaram um dos maiores “passa moleque” das últimas décadas. Fomos literalmente enganados e desprestigiados pelo Governador Geraldo Alckmin (PSDB), mesmo assim, eles continuam a trabalhar normalmente como se nada tivesse acontecido. Diriam a Napoleão: “tudo como dantes, no quartel de Abrantes”, comandantes exigindo cada vez mais da tropa, a tropa vibrando para ganhar um elogio ou uma láurea, aumentando a arrecadação do Estado através das autuações lavradas pelo policiamento de trânsito urbano, polícia rodoviária, polícia ambiental, cobranças de alvarás pelo Corpo de Bombeiros, descontando valores dos PM através do FEPOM para suprir obrigações que são do Estado e fazendo com que policiais militares trabalhem mais de 200 horas mensais, sendo que as Constituições Estadual e Federal limitam a 160 horas mensais e 120 horas para os serviços com insalubridade, periculosidade e noturno.
Para aqueles que acreditam em Papai Noel, fiquem esperando que o Governo irá repassar o mesmo aumento salarial dado aos policiais civis. Não virá nada além de migalhas e planos de carreira que em nada melhoram os nossos salários. Esse prazo de 15 dias para “estudar o que a PM quer” não passa de estratégia para esfriar os ânimos, para ganhar tempo, depois disso esse estudo ainda será analisado pelas Secretarias de Segurança, Planejamento, Finanças e Casa Civil e posteriormente para Assembleia Legislativa. Então meus caros, sequer haverá tempo para ser votado este ano e muito menos em 2014 por ser ano eleitoral. Realmente uma manobra muito bem planejada.
No meio de tanta indignação, devemos tirar uma lição disso tudo e procurar entender por que fomos desprestigiados dessa forma pelo PSDB para, quem sabe, não tomar mais “chapéus” futuramente.
Os policiais militares são dotados de imensa coragem, enfrentam o perigo, combatem a criminalidade de peito aberto, não se intimidam com ameaças de marginais e arriscam a vida diariamente, mas, na hora de enfrentar qualquer político, recuam…se acovardam…sequer têm coragem de compartilhar nas redes sociais ou via emails os textos que alguns PMs corajosos colocam contra o Governo….quiçá comparecem em algum evento ou reunião para demonstrar sua indignação, sem falar no medo de comentar o assunto dentro dos quartéis.
Notamos que a absoluta maioria dos PMs limitam-se a ficar indignados somente entre “rodinhas de amigos”, mas na hora do embate calam-se. Somos muito bons para lutar pelos direitos dos outros, do governo, de tudo e de todos, menos quando se trata de lutar pelos nossos próprios direitos e vantagens, aí somos cheios de pudores, idealistas, mesmo que isso custe a saúde e a escola dos nossos filhos, o bem estar de nossa família e o direito a uma vida digna.
A Constituição Federal, que nos deu o direito de votar e ser votado, já completou 25 anos e ainda não temos consciência política, até quando vamos ficar engatinhando nessa área? Até quando vamos nos sujeitar à vontade daqueles que gostam de política? Até quando vamos “matar” nossos próprios candidatos que deveriam ser enaltecidos pela coragem de se expor? Por que sempre temos que achar que nossos candidatos só querem se acertar na vida? Por que deixamos de votar em nossos candidatos para votar nos candidatos de outras categorias que sequer conhecem a nossa realidade? Por que somos tão bons em denegrir e criticar nossos candidatos e temos tanta dificuldade em ajudá-los?
Hoje somos cerca 170 mil policiais militares, somando-se da ativa, inativos e pensionistas, sendo que cada cidadão tem um potencial de no mínimo de 6 votos (o seu, do pai, mãe, esposa, irmãos, filhos, parentes a amigos), o que daria um potencial de quase 1.000.000 de votos, porém, somados todos os votos dos nossos candidatos a deputado estadual ou federal não chegam a 200 mil votos, onde estaria os demais 800 mil votos que tanto fazem falta?
Está na hora de acordar para a realidade e entendermos a necessidade de sermos políticos. Será que temos vocação para autoflagelo e masoquismo? Será que ainda acreditam que exista outro caminho para mudanças que não seja o da política?
Talvez quando isso for descoberto, seja muito tarde!
Nós, do Partido Militar, acreditamos muito na força política do Militar….mas não sabemos até quando.
Fonte: partido militar
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