Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cinco PMs suspeitos por morte de pichadores na Mooca são presos

Pichadores fizeram selfies em elevador (Foto: Reprodução/ Divulgação)
Ministério Público apresentou acusação formal contra o grupo dia 22. Justiça aceitou pedido de prisão preventiva dos policiais.
Os cinco policiais militares suspeitos de envolvimento na morte de dois pichadores na Mooca, Zona Leste de São Paulo, em 31 julho de 2014, foram presos sexta-feira (24) e encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
Os cinco PMs cumpriram prisão temporária de 30 dias em agosto de 2014 e em seguida passaram a responder ao processo em liberdade. Ao apresentar denúncia contra os PMs na quarta-feira (22) o Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a prisão preventiva dos cinco.
O caso aconteceu em um prédio na Avenida Paes de Barros, na Mooca, Zona Leste da capital. Na ocasião, Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33, entraram no Edifício Windsor após o porteiro confundi-los com moradores.
Eles subiram até a sala de máquinas e foram surpreendidos pelo zelador. Ao serem questionados sobre o que faziam ali, teriam respondido que fariam a manutenção dos elevadores. Desconfiado, o funcionário foi à portaria e acionou a Polícia Militar.
Imagens de câmeras de segurança do prédio gravaram o momento em que os PMs chegaram, cerca de 25 minutos depois da entrada dos pichadores. Cinco policiais foram na frente. Onze minutos depois, mais seis policiais apareceram.
Segundo o promotor Tomas Busnardo Ramadan, os PMs dominaram a dupla, que foi levada ao apartamento do zelador. Lá, segundo a denúncia, os policiais executaram os pichadores com três tiros no peito de cada um. Ainda de acordo com o MP, eles tentaram simular um confronto com os jovens, introduzindo duas armas com numeração raspada no apartamento, com as quais efetuaram disparos.
Os policiais, porém, negam o crime. Eles afirmam que os dois homens estavam armados em um apartamento do 18º andar e que o objetivo deles não era pichar, mas assaltar as residências. Ao perceberem a presença dos agentes, os pichadores teriam disparado, acertando o braço de um dos policiais. Os PMs acrescentaram que, para se proteger, revidaram dando oito tiros.
O entra e sai dos policiais militares no prédio foi constante durante pelo menos uma hora. Seis horas depois é que o caso foi levado ao conhecimento do 56º Distrito Policial, na Vila Alpina. Como a ocorrência envolvia morte decorrente de ação policial, o Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações.
Após o inquérito, a Promotoria concluiu que Amilcezar Silva e André de Figueiredo Pereira atiraram contra Alex Dalla Vechia Costa. Danilo Keity Matsuoka e Aldison Perez Segalla são apontados como os autores dos tiros que mataram Ailton dos Santos.
Os quatro foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Um quinto PM, Robson Oliva Costa, também foi denunciado por ter participado das execuções, embora não tenha disparado contra as vítimas. Eles também são acusados de fraude processual. O G1 não localizou a defesa dos policiais até a publicação desta reportagem.
Com exceção de Robson Costa, os demais PMs chegaram a ficar presos durante 21 dias em agosto de 2014 no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, porém, decidiu liberar os quatro.
Do G1 São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com