- Escrito por Redação Comunique-se
A Polícia Militar de Minas Gerais recomendou que a imprensa não levasse equipamentos para a zona de confronto com os manifestantes, conforme revelou a repórter Fabiana Oliveira, em matéria exibida pelo ‘Jornal da Record’, no sábado, 22. A jornalista contou que a equipe gravou imagens com uma câmera de mão e não usou microfone com o cubo da Record para evitar chamar atenção.
“Só a partir deste ponto, do Aeroporto da Pampulha, é que nós conseguimos pegar nosso microfone e a nossa câmera padrão. Essa foi justamente uma recomendação da polícia para que nossos equipamentos não fossem levados para a zona de confronto. Então durante todo o tempo gravamos com essa câmera de mão, retratamos toda a violência que houve aqui em Belo Horizonte”, disse Fabiana durante passagem.
Anteriormente, com a câmera de mão, a profissional registrou imagens no meio dos manifestantes que participaram do sétimo protesto realizado na capital mineira. Entre as reivindicações estavam a gratuidade do transporte coletivo, a melhoria na saúde e na educação, além do posicionamento contrário à Proposta de Emenda Constitucional 37/2011 (PEC 37), que limita os poderes do Ministério Público.
A repórter relatou o momento em que as autoridades jogaram artefatos de gás lacrimogêneo. “É difícil ficar aqui. O olho arde muito, a gente mal consegue falar. Mas o fato é que todo mundo está acuado agora. A polícia fez isso depois que muita gente jogou pedra, bomba, fogos de artifício, enfim, a polícia reagiu dessa maneira. Mas é muito difícil, arde muito a garganta”.
Segundo a PM mineira, cerca de 70 mil manifestantes seguiram, no início da tarde de sábado, em direção ao Mineirão, onde México e Japão se enfrentavam pela Copa das Confederações.
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