Guerrilha Digital: ações alegam que não se trata de censura, mas apenas de proteção da honra e da intimidade.
Guerrilha Digital
Fonte: Brasil247
Após Lulinha e Rosário, Aécio aciona PF na web
“Na era da internet, a agilidade no trato da informação às vezes pode levar a erros de avaliação e, quando detectados, devem, da mesma forma, serem devidamente esclarecidos. Isso requer uma permanente e atenta apuração dos fatos, mesmo quando eles nos chegam por fontes que se apresentavam confiáveis.
É o que ocorreu no caso da reportagem pelo “Novo Jornal” – Aécio Neves: o novo bilionário” -, sobre a vida patrimonial do governador de Minas, Aécio Neves. Uma checagem mais detalhada dos documentos que embasaram a notícia nos revelou que houve um equívoco por parte da fonte que, inadvertidamente, creditou uma série de investimentos ao Aécio Neves, principalmente em imóveis, o que, comprovadamente, não é verdade”.
Assim como Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, que pediu a abertura de inquérito policial contra boatos criminosos na rede, e a ministra Maria do Rosário, que também acionou a Polícia Federal, agora é a vez do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fazer o mesmo; ele decidiu pedir o inquérito contra duas acusações falsas que têm sido disseminadas na rede: uma de que estaria sendo alvo de uma ação judicial por desvio bilionário de verbas na saúde e outra de que teria acumulado patrimônio também bilionário; a primeira foi desmentida pelo Judiciário e a segunda pelo site que publicou pela primeira vez o boato; a liberdade na internet foi longe demais?
247 - Será que a liberdade na internet foi longe demais? Depois da ministra Maria do Rosário acionar a Polícia Federal contra um blog que publicava notícias falsas a seu respeito (leia aqui) e do empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, pedir a abertura de inquérito policial contra difamadores profissionais na rede (leia aqui), chegou a vez do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fazer o mesmo.
Provável candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2014, Aécio pretende acionar a Polícia Federal para identificar os responsáveis por duas acusações que têm sido espalhadas contra ele. Uma, a de que seria um “novo bilionário” – acusação semelhante a que é feita sistematicamente ao filho de Lula. Publicada originalmente na internet, a denúncia foi desmentida publicamente, nos seguintes termos:
“Na era da internet, a agilidade no trato da informação às vezes pode levar a erros de avaliação e, quando detectados, devem, da mesma forma, serem devidamente esclarecidos. Isso requer uma permanente e atenta apuração dos fatos, mesmo quando eles nos chegam por fontes que se apresentavam confiáveis.
É o que ocorreu no caso da reportagem pelo “Novo Jornal” – Aécio Neves: o novo bilionário” -, sobre a vida patrimonial do governador de Minas, Aécio Neves. Uma checagem mais detalhada dos documentos que embasaram a notícia nos revelou que houve um equívoco por parte da fonte que, inadvertidamente, creditou uma série de investimentos ao Aécio Neves, principalmente em imóveis, o que, comprovadamente, não é verdade”.
No entanto, embora tenha se retratado, o jornal não retirou a notícia original do ar, que continua sendo indexada em mecanismos de busca e disseminada na internet e nas redes sociais.
Numa ação paralela, o senador Aécio também pretende identificar os responsáveis por outra acusação: a de que estaria sendo investigado na Justiça pelo desvio de mais de R$ 4 bilhões em verbas da saúde. O senador aponta manipulação no conteúdo de uma ação movida pelo Ministério Público Estadual que questiona se R$ 4 bilhões investidos pela empresa mineira de saneamento, a Copasa, seriam recursos do Tesouro ou da empresa e, nesse caso, se poderiam ser considerados gastos em saúde.
Aécio obteve da Justiça uma certidão que atesta que a ação não trata de “desvios de recursos da saúde” nem de “desvios de recursos públicos“.
Nos dois casos, os advogados de Aécio pretendem enviar ofício solicitando que a Polícia Federal tome providências para identificar os responsáveis pela disseminação das acusações.
Sob responsabilidade do escritório Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof, as ações alegam que não se trata de censura ou qualquer restrição à liberdade de expressão, mas apenas de proteção da honra e da intimidade. Além dos veículos de comunicação, o objetivo é também alcançar comentaristas que estejam divulgando acusações falsas. Essa postura sinaliza que, nas eleições de 2014, os principais candidatos estarão mais atentos ao que se publica sobre eles na internet.
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