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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Maior fraude no Enem: competição de cartas marcadas (1)

Mais denúncia de corrupção  desta vez no ENEM, para deleite do brasileiro, que AMA SER ENGANADO!


Da maior fraude no Enem nem PT nem PSDB falaram nada até agora. Trata-se de uma competição com cartas marcadas.


Participantes_do_Enem

LUIZ FLÁVIO GOMES – Estou no www.professorLFG.com.br
Educação e desigualdades
Da maior fraude no Enem nem PT nem PSDB falaram nada até agora.  Trata-se de uma competição com cartas marcadas. O jornal O Globo (21/10/13), de forma eloquente, mostrou a anomalia: “Criado para democratizar o acesso ao ensino superior no país, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não conseguiu se esquivar das desigualdades do Brasil. A prova vem refletindo as conhecidas diferenças socioeconômicas do país. O levantamento deixa evidente que o desempenho dos participantes está ligado a sua renda e ao capital cultural de cada família. Quanto melhor a situação financeira (capital econômico) e de escolaridade familiar (capital cultural familiar), maior é a nota do candidato na redação, principal prova do disputado processo de seleção do MEC”.
Para chegar a essa conclusão, o jornal analisou informações de 3,87 milhões de candidatos do Enem 2011 que responderam ao questionário socioeconômico no ato da inscrição e que fizeram a prova de redação naquele ano.
Ao comparar renda familiar e desempenho na redação, prova que tem o maior peso no exame, percebeu-se um aumento contínuo da nota junto com a situação financeira e a escolaridade dos pais. Enquanto a nota média entre aqueles com renda de até um salário mínimo foi de 460 pontos, o grupo com renda acima de 15 salários chegou a 642 pontos. Diferença de 40% [que determina, claro, de quem é a vaga].
Trata-se de um concurso em que desde o princípio já se sabe quem vai ser o vencedor (do acesso à educação pública superior gratuita). Nesse sentido, o Enem não passa de uma grande fraude. Porque simboliza e sintetiza nossa desigualdade selvagem. Que é invisível (Jessé Souza). E é invisível porque (despudoradamente) não queremos vê-la. Vivemos numa cultura egoísta alienada. Ali-é-nada! Poucos se estarrecem com nossas barbaridades. Mau-caratismo cultural. Degeneração ética aguda. Estágio em que toda injustiça já não significa mais nada. Foi interiorizada, assimilada. Não gera estranheza. Nem arrepios. Nem remorsos, nem culpa. Sociedade patriarcal autoritária e despótica. Fruto do encontro do Império Romano (patriarcal) com o cristianismo do século IV, que não tem nada a ver com o discurso cristão original, hoje em processo de restauração com o Papa Francisco.
Por que não seria assim?
“O Enem reproduz brutalmente as nossas desigualdades, e outros estudos que consideraram outras variáveis sociais chegaram às mesmas conclusões. O pobre não é burro, mas ele participa de um concurso com jovens que têm acesso a experiências educacionais muito mais ricas. Nesse sentido, a sociedade não se dá conta de que vivemos uma situação de cartas marcadas, que reproduz nosso padrão socioeconômico. A solução para isso não é fazer uma avaliação mais leniente com quem vem de família com baixa renda, mas melhorar a escola, pôr a questão do aprendizado no centro da atenção — diz o professor Francisco Soares, do grupo de avaliação e medidas socioeducativas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)”.

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